O Lendário Dragão General romance Capítulo 141

Thea o encarou, porque ainda não entendia a dedicação envolvida ali:

— Eu não o conheço, senhor Yates. Por que você me ajudaria assim? Por favor, explique aos convidados, ou espalharão mais rumores sobre mim novamente. —

Ela estava realmente preocupada. Tinha certeza de que as fofocas se espalhariam como fogo em uma cama de palha, quando as notícias sobre aquele incidente saíssem dali. Poderiam até dizer que ela dormiu com os três homens.

O problema era que nenhum deles sabia que desculpa dar.

‘Explicar? Como devemos explicar?’

‘Nós poderíamos dizer a ela quem é seu marido?’

Não ousaram dizer uma palavra. James estava em Cansington há algum tempo, mas não revelava sua identidade. Os três sabiam que estariam cavando sua própria sepultura se o expusessem. O salão se mantinha em silêncio sepulcral, ainda que algumas pessoas fingissem relaxar. Percebia-se que todos os convidados de olho na cena, curiosos para saber por que os homens respeitavam tanto a garota.

James olhou para eles, sorrindo. Obviamente a expressão era parte da ameaça. Ele queria dizer: ‘Eu acabo com vocês se revelarem qualquer coisa sobre minha identidade’. Os três começaram a suar de nervosismo, sem conseguir pensar numa resposta. Yuna, então, refletiu um pouco, imaginando que certamente conseguiria arrumar uma explicação plausível para a situação, caso contrário, os rumores realmente se espalhariam muito rápido.

— Na verdade, não é grande coisa, Thea! Todos na cidade sabem que você se queimou num incêndio certo? Quando tentava salvar uma pessoa, não foi? Há dez anos! — Yuna quebrou o silêncio.

— Sim. — Thea assentiu. — Você me disse que a pessoa que salvei da vila dos Caden seria o homem da máscara de fantasma, que foi baleado pelo Rei Alegre há algum tempo. —

— Isso mesmo. Thea, entenda, pessoas muito ricas por vezes têm contatos com indivíduos que vivem em subterfúgio. Com certeza devem algum favor ao homem. Além disso, certamente o mascarado ainda se sentia em dívida com você. Duvido que seja algo que continue a se repetir. —

— Mas ele não foi executado pelo Rei Alegre? — Thea desconfiou.

— Talvez estejam ajudando-o após a morte, por questão de honra. — Yuna forçou a explicação mais absurda que poderia imaginar.

James olhou para Yuna, ciente de que a mulher sabia de sua identidade e de seus feitos dentro e fora da cidade.

— Senhorita Lawson. —

Ele sorriu e olhou para a aniversariante. Yuna se virou para encontrar seu sorriso e sentiu arrepios, porque seu corpo gelou. Ela respondeu com um sorriso meio estranho.

— Senhor James? —

— Obrigado. —

Embora Yuna soubesse de sua identidade, ela ajudou a resolver a situação para que Thea pudesse aceitar tudo facilmente, dando uma boa explicação a todos. Caso contrário, a identidade do general se revelaria e, muito provavelmente, as consequências para sua nova vida seriam terríveis. Thea, evidentemente, desaprovava violência, então James se convencera de que a esposa nunca aceitaria manter um casamento com alguém que, como ele, tinha as mãos cobertas de sangue.