Sem dúvidas, James se encontrava a ponto de explodir ainda mais.
— Eles querem jogar, não é? Tudo bem, vou jogar. Vou garantir que se divirtam para caralho! Ligue para o Rei Alegre, peça para ele vir me ver aqui. — James ordenou, furiosamente.
Henry olhou para James, tentado a lembrar o amigo que o Rei Alegre não era seu subordinado. No entanto, engoliu as palavras e simplesmente se afastou. Pegou o telefone, no canto, e ligou para o comandante em chefe.
— Rei alegre?... Sim, é Henry... James pediu que você viesse à Clínica Common, para vê-lo... —
O Rei Alegre acabara de chegar em seus aposentos, na região militar. Antes que pudesse se sentar, recebeu aquele telefonema de Henry. Ansioso, sentou-se e começou a balançar as pernas, contendo a vontade de quebrar tudo que visse pela frente.
— Henry! Diga a James que não trabalho para ele, caralho! Ele não tem autoridade para me dar ordens! —
Henry ouviu o Rei Alegre vociferar, e entendia a revolta do homem. No entanto, achou pertinente reforçar o pedido, assim que observou o estado de James, sentado à mesa, no recinto.
— Eu aconselho você a vir o mais rápido possível, senhor. James está prestes a explodir. Cansington se transformará em um campo de batalha, como na fronteira das Planícies do Sul, se sua raiva não for dissipada. Por favor, repense: tem certeza de que não quer aparecer aqui? Pelo menos por um instante! —
— Puta que me pariu, Henry... A gente é refém desse maluco? —
O Rei Alegre se sentia furioso só de lembrar da existência do Dragão Negro, no entanto, não ousaria não comparecer. Já entendia bem como funcionava o comportamento do homem que forjou seu nome na guerra, na base do ódio e da matança. A essa altura, o Rei Alegre temia as consequências de não ir.
— Eu já vou aí então, caralho! —
O comandante tacou o telefone na parede, estilhaçando o aparelho, e se virou para um subordinado, ordenando:
— Dá um jeito de recuperar a merda do chip do celular que estourei na parede e manda preparar o carro. Preciso ir à Clínica Common! —
Enquanto isso, Henry passou a temer dois homens.
— James, acho que o Rei Alegre enlouqueceu! — O homem, impressionado, relatou cautelosamente o que pareceu acontecer durante o telefonema.
Ao ouvir a história, a expressão de James também se aliviou e ele respondeu com um sorriso:
— Qualquer um ficaria bravo se fosse ele. Estamos no mesmo nível, na hierarquia, mas estou me comportando dessa maneira. Certamente não é bom. —
— Que bom que reconhece. —
Henry se sentou, sentindo um pouco de simpatia pelo Rei Alegre. O homem era o principal comandante, atualmente. Deveria ser figura de maior respeito no exército. No entanto, desde que o transferiram para Cansington, constantemente limpava a bagunça de James. Henry sentiu vontade de rir ao pensar naquilo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Lendário Dragão General
Bom dia, muito top a leitura, quando serão lançados novos capítulos. grato....