A família se determinara a expulsar James e Xara, então Gladys até os empurrou para a porta com uma vassoura. Lá fora, Xara chorou ao ver sua bagagem jogada no chão. A moça olhou para James, se desculpando.
— James, me desculpe. É tudo culpa minha! —
James a tranquilizou, porque lhe parecia uma questão muito trivial. Não levava nada daquele espetáculo familiar a sério.
— Está tudo bem agora, pare de se culpar. Não é inteiramente sua culpa, não. Esses daí já arrumam problema comigo há tempo demais, então já vinham buscando um motivo para que Thea pedisse o divórcio. Só agarraram a oportunidade, mas, se não fosse essa, empurrariam outra. —
Embora não fosse um problema muito sério, certamente complicava as coisas.
— James, eu peço desculpas por tudo, mas não menti sobre aquilo. — Xara o lembrou do que disse antes de os expulsarem.
James a encarou, com seriedade.
— Lamento, mas só tenho Thea em meu coração. —
James estava certo de que a garota só dizia aquelas coisas porque ela estava certa de que ele era um figurão, depois dos acontecimentos do dia anterior.
— Estou falando sério! — A jovem insistiu. — Você não tem nenhum prestígio entre os Callahan. Basta se separar e pode tentar, pelo menos, conhecer-me melhor. Não sou bonita como Thea? —
Thea saiu, planejando devolver o cartão Black Dragon para James. Quando abriu a porta, ouviu a conversa dos dois, então não conseguiu conter as lágrimas, outra vez. Independentemente disso, suprimiu a amargura em seu coração e forçou um sorriso desajeitado, em seu rosto cheio de lágrimas.
— James, aqui está o seu cartão. Obrigado por tudo que você fez por mim, pelo cuidado que demonstrou comigo e por tudo que fez pelos Callahan. Desejo a vocês dois o melhor. —
A mulher enfiou o cartão nas mãos de James, e, depois, cobrindo a boca, ela correu de volta para casa, em lágrimas. Antes que James pudesse se explicar, Thea fechou a porta. Sem escolha, o homem apenas guardou o cartão, como se fosse um meio de pagamento qualquer. Xara, nesse instante, vendo a frustração no rosto de James, percebia que o Dragão Negro realmente só tinha Thea, em seu coração. Não teria oportunidade ali, pelo menos naquela vida, por isso, limitou-se a consolá-lo.
— James, volte e lhe explique as coisas, quando ela não estiver mais brava. Tenho certeza de que ela irá te perdoar. —
Em seguida, a moça se abaixou e recolheu as peças de roupa no chão. Enfiou tudo na mala e acenou para James, que ainda estava parado na porta.
— James, obrigada por realizar meu desejo. Estou contente, pelo menos, pelos encontros com o General Highsmith e com o Rei Alegre. —
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Lendário Dragão General
Bom dia, muito top a leitura, quando serão lançados novos capítulos. grato....