O Lendário Dragão General romance Capítulo 198

James foi em sua motocicleta elétrica até a mansão dos Callahan. Assim que entrou na casa, viu os cacos de porcelana espalhados pelo chão. Lex permanecia no sofá, fumando tabaco. Outros familiares se encontravam dispostos pela sala, alguns de pé, outros sentados nos sofás e nas poltronas. James e fingiu surpresa, diante da cena.

— Eu pensei que fariam o aniversário na Casa da Realeza! Por que estão todos em casa? O que está acontecendo? —

O homem deu uma olhada em Wendy, que chorava, sentada no sofá ao lado.

— Qual é o problema, Wendy? Onde está seu marido, o vice-capitão Brody? Por que não o vejo aqui? —

James disse e deliberadamente olhou ao redor, avaliando as caretas que os Callahan faziam. Sentiam-se provocados por James, mas não podiam arriscar incomodar o homem, naquele momento. Tommy, então, disse baixinho:

— James, você não tem alguma proximidade com Xara? Já que ela está trabalhando para a senhorita Brooks, você não a convenceria a persuadir sua patroa a conceder o perdão para nossa dívida? —

— Como assim? — James indagou.

James se aproximou e se sentou, casualmente, ao lado de Thea, que, em resposta, se afastou, tentando manter certa distância do homem.

— O que aconteceu? — James perguntou, fingindo desconhecimento.

O Dragão Negro passou o olho pelos membros da família, mas todos continuaram em silêncio.

— Como posso ajudar se vocês não me disserem o problema? Thea? —

Thea olhou para James e começou a contar tudo o que aconteceu na festa.

— Não acredito! — James deu uma gargalhada. — Vocês se gabaram tanto do tal secretário de algum general e do seu vice-capitão de alguma unidade policial especializada. Caramba! Não posso acreditar que realmente os azarei! Eles realmente serão expulsos do exército? Estão vendo aí? Carma é uma porra! —

Todos fecharam a cara, então Howard disse, desdenhando:

— Você faz parte da família, James. Por que jogar lenha na fogueira? —

— Porque eu quero. Está achando ruim? Posso ir embora! —

James se levantou, ameaçando sair, mas Thea e o puxou e implorou:

‘Para essa gente, tudo é sobre dinheiro. Que desgraça.’

Dinheiro, há muito tempo, tornara-se irrelevante para o Ares das Planícies do Sul. Se realmente precisasse, recomeçaria a carreira militar e voltaria com todo o suborno e dinheiro de proteção que pudesse adquirir nas fronteiras. A guerra era o negócio mais lucrativo de todos, certamente. Inadvertida, a família inteira o encarava.

— Diga logo quanto quer, homem! A gente te dá, desde que nos ajude! —

Thea também olhou para o marido, com expectativa, ao passo que James sentiu um aperto no coração só de ver a expressão chorosa de sua amada. O homem retornou ao assento e estendeu a mão para segurar a dela, mas a moça instintivamente o evitou. Envergonhado, o Ares buscou o olhar da jovem e disse:

— Thea, você ainda não acredita em mim. Sua família inteira não acredita em mim. Você acha que eu realmente preciso de dinheiro? Eu só quero provar minha inocência, mas você simplesmente se recusa a acreditar. Essa bagunça não teria acontecido, se me desse o voto de confiança que lhe pedi, antes. —

— O que você está tentando dizer é que os Callahan estão nesse problema porque não acreditamos em você? Você é o responsável por isso? — Alguém berrou.

— Sim, você está certo. — James cruzou as pernas e acendeu um cigarro. — Eu disse a você, Lex, desde o início que resolvi tudo. Fui eu quem ordenou que Gavin viesse se desculpar, mas todos vocês creditaram isso a Brody. Avisei que o faria sair do exército, junto com o tal tio secretário. Achou que eu tava brincando? —

Os familiares trocaram olhares entre si.