O Lendário Dragão General romance Capítulo 250

— Vocês têm certeza de que os presentes são de um senhor Caden e não de um senhor Watson? — Gladys perguntou, ignorando a declaração da filha.

A matriarca ainda imaginava que Zavier seria o autor daquilo, o que lhe parecia muito mais plausível do que acreditar que tivesse algo a ver com aquele desconhecido que Thea salvara há uma década. Lex, depois de uma tragada, disse.

— Senhor Caden era o nome, nada além disso. Acho mesmo que deve ser o homem dos Caden que Thea salvou dez anos atrás. Já vimos outras de suas boas ações para minha neta, afinal. Esses presentes são para Thea, com certeza. —

— Eu já disse que não posso aceitar! — Thea rejeitou mais uma vez.

— Mas o que nos impede de ficar com eles, Thea! Pense bem! — David se levantou e correu para pegar chaves do carro esportivo, em cima de uma das caixas. — Não importa se foi o senhor Caden ou o senhor Watson quem os enviou, tudo pertence à nossa família, se for para Thea! — concluiu.

— O que você está fazendo? Largue isso aí! Nós ainda não temos certeza disso! Como poderia ser para Thea? Faz muito mais sentido que sejam para Megan, que não é casada! Ou esses homens são uns talaricos? — Tommy avançou para as caixas.

— Absurdo! São para Thea! Vamos levar tudo com a gente! — Gladys gritou.

— Vocês estão loucos! A cidade toda sabe que Thea é casada com esse traste! Quem seria estúpido de enviar presentes de noivado tão caros para ela? — Megan se levantou, berrando argumentos plausíveis.

A família começou a brigar novamente sobre os presentes de noivado, ao passo que James sentiu a cabeça doer só de os observar.

‘Quão importante deveria ser isso? Precisam gritar tanto assim?’

O homem deu as cotas para a confusão e saiu da casa. O rosto de Thea ficou branco, imaginando que James estivesse com raiva. A moça pensou que deveria acompanhar o marido, mas acabou não o fazendo. Lá fora, James acendeu um cigarro, pegou o celular e ligou para Newton Quinn, um de seus novos braços na cidade.

O lugar continuava muito barulhento. O problema permanecia: Gladys insistia que os presentes pertenciam a sua família, então queria levar tudo embora. Tommy, Megan e Jolie continuavam alegando que as coisas seriam deles, então queriam manter as caixas na mansão. A família era pura confusão, enquanto Lex continuava incerto sobre a solução para aquele caos. Dando de ombros, o velho se recostou no sofá acendeu um novo cigarro, já que o antigo acabara há minutos, sem qualquer expressão na cara. Nessa hora, Thea, vendo que o marido retornava, correu para segurar seu braço e pegou sua mão, pronta para se explicar e se desculpar.

— Querido, onde foi? Não conheço o tal senhor Caden, está bem? Os presentes provavelmente são para Megan, de algum jovem rico interessado nela. —

— Esse tanto de gente aqui deixou o lugar abafado para caramba, por isso eu saí para dar uma volta, tomar um vento na cara. — James disse, com um sorriso.

O general queria poder contar tudo a Thea, no entanto os problemas se desviaram de sua intenção original. O plano sempre foi recompensar sua heroína, se possível sem nunca revelar sua identidade. O desejo de James era ficar ao lado da moça, para protegê-la pelo resto de sua vida, desejando que tudo fosse pacato e rotineiro, depois de tantos anos na guerra. Afinal, se o objetivo dele fosse se apresentar em Cansington como Dragão Negro, não teria entregado a carta de resignação para a mais alta cúpula do exército.

Além de tudo, agora James precisava investigar as misteriosas forças envolvidas com o passado de sua família. A história sobre Quatro Grandes do Sol, aos quais James chamou de Quatro Antigos, demandava estudo e minúcia. Além disso, havia o problema com o misterioso mapa do tesouro da família, o quadro Moonlit Flowers on Cliffside's Edge. Ainda não tinha ideia de quão poderosos seriam os Quatro Antigos, mas sabia que um dos Cinco Comandantes era membro da confraria. Seria muito problemático se esse homem fosse um inimigo, portanto não poderia revelar sua identidade e colocar a vida de sua esposa em perigo.