O Lendário Dragão General romance Capítulo 272

Thea analisou bem a expressão de Zavier e, desconfiada, perguntou:

— O senhor Caden te procurou? —

— Oi? — Zavier arregalou os olhos para Thea.

‘Será que ela não sabe da identidade de seu marido? Quem é esse senhor Caden de quem ela está falando? É o próprio James?’

Depois de se recuperar do susto, ele respondeu com uma pergunta.

— Eu acho que sim? —

Thea respirou fundo, confirmando que o senhor Caden zelava pelo seu bem-estar mesmo em segredo e se perguntando se o resgate do passado realmente valia tanto, mesmo depois de todo aquele tempo.

— Sinto muito por tudo isso, Thea. Reconheço que fui inconveniente e prometo que nunca mais a incomodarei. —

Ao dizer isso, Zavier desviou o olhar para James, que apenas devorava um segundo prato, sem dizer uma palavra sequer. Sem saber muito o que fazer, o herdeiro dos Watson se virou para sair, em silêncio, deixando os Callahan mais confusos ainda. Gladys só conseguiu se endireitar depois que Zavier partiu.

— Então é obra do tal senhor Caden, mais uma vez. Quem é esse homem, afinal? Por que Zavier recuou diante dele? — Intrigada, ela olhou para a filha. — Thea, quem é o misterioso senhor Caden? —

— Eu não faço ideia! Mas vamos deixar isso para lá e aproveitar que estamos aqui! A comida já está esfriando. — Como Thea não almoçara, a sugestão era sincera.

O banquete era farto, com pratos bem montados e muito cheirosos, então aproveitaram bem a refeição, antes de voltar para casa. Como não conseguiu juntar a filha com o Watson, Gladys já arquitetava a mudança de alvo, que passaria para o senhor Caden. Assim, já em casa, a matriarca puxou Thea de lado e a perguntou mais sobre o assunto. A moça apenas ficou em silêncio, porque não queria perder tempo com aquela conversa tosca. Dando-lhe as costas, a jovem foi para o quarto, onde encontrou James já deitado no chão. Quando a moça entrou, ele percebeu a cara de desgosto dela e se levantou para recebê-la, ostentando um sorriso largo.

— Vamos dormir. Tenho que ir à Pacific, amanhã cedo. A propósito, venha se deitar na cama, não tem motivo para ficar aí no chão. —

Durante todo o dia, Thea esteve distraída, refletindo sobre as ações de James. Sentiu-se culpada, porque se, além da evidente necessidade de sua família tratar James melhor e com mais respeito, o casal vivesse como marido e mulher, o homem não teria perdido a confiança nela e a seguido na surdina.

— Querida, tem certeza disso? — James se preocupou.

— Tenho sim. — Thea confirmou.

Embora ela se sentisse desapontada com James, ele ainda era seu marido e lhe ajudara muito. Foi o dinheiro do militar que pagou pela Pacific, por exemplo. Mesmo depois de lhe ajudar tantas vezes, o homem ainda dormia no chão, como um cachorro. Diante da confirmação, ele guardou o colchão e se deitou na cama, no espaço que Thea deixou para acomodá-lo. James podia sentir a fragrância de sua amada, algo que o fez sentir um friozinho na barriga.