O Lendário Dragão General romance Capítulo 275

— Prazer em conhecê-lo. — Thea respondeu.

Thea percebeu que Walter não soltava do cumprimento, então fez uma forcinha e retraiu a mão. O homem a avaliou dos pés à cabeça, concluindo que era mesmo uma mulher glamourosa e elegante, como esperado da suposta mulher mais bela de Cansington. O homem também sabia das tais conexões com figurões, porém não se via disposto a abaixar a cabeça diante disso.

— Então, senhora Thea, me disseram que você está aqui representando a Pacific. —

— Sim, agora sou a presidenta do grupo. Acredito que devemos conversar para esclarecer umas questões financeiras anteriores à minha entrada. —

— Entendo. Vamos ao meu escritório, então. —

Walter sinalizou o caminho e ela o seguiu. No escritório, Thea se sentou em um sofá, enquanto Walter se ajeitava numa poltrona em frente a ela e encarava o decote da moça, sem disfarçar.

— Qual é o assunto? — Walter tinha uma expressão maldosa.

Thea falou:

— Senhor Kaffenberger, a Pacific sempre foi rigorosa com a qualidade de nossos produtos, então não tivemos nenhum problema nesse sentido, nas últimas duas décadas. Há pouco tempo, no entanto, sua empresa se recusou a concluir o pagamento de um pedido de valor exorbitante, alegando má qualidade. —

Walter logo a interrompeu:

— Contratamos um órgão autorizado para conduzir o trabalho de avaliação, porque era evidente que algo estava errado com aqueles lotes. Como já éramos parceiros há algum tempo, optamos por não dar continuidade à investigação, mas vocês, com certeza, ainda sairiam devendo. —

Thea fora lá para exigir o pagamento, porém Walter não fez menção a isso e até se colocou na posição de benfeitor, impedindo Thea de prosseguir com o assunto.

— Senhor Kaffenberger... —

— Ou o quê? — Walter riu. — Thea, você não fez sua pesquisa antes de vir para cá, não é? Você não pode entrar e sair de minha empresa como bem entender. No entanto, não pense em sair tão facilmente. Não tenho medo de Alex Yates, se isso for o que te dá tanta segurança para agir assim. —

— O quê? — Naquele momento, Thea sentiu o perigo.

— Venha aqui e me sirva bem, como uma vagabunda. Prometo que lhe darei o dinheiro de que precisa, se você se comportar direitinho. Que tal? —

Walter avaliava Thea dos pés à cabeça, e a moça parecia mais atraente quanto mais ele a analisava. A beldade, no mesmo instante, respondeu, com outro tom:

— Walter, vou fingir que você não disse isso. — Dizendo isso, ela se virou para os guarda-costas e gritou: — Saiam de minha frente! —

— Podem sair. — Walter sorriu, maldoso, com certeza de que ela estaria de volta em breve, pronta para se entregar em sua cama.