Os quatro guarda-costas eram robustos e tinham braços grossos, como pugilistas peso-pesado. Muitas pessoas da segunda classe ficaram assustadas quando esses guarda-costas avançaram, enquanto os alunos da primeira assistiram com entusiasmo.
— Não seja violento, querido! — Thea puxou James de volta, preocupada que ele seria incapaz de se controlar para não os espancar e ofender ainda mais os Xenos.
— Farei o que você quiser, meu bem. — James sorriu para Thea.
A expressão de Channing ficou tensa enquanto ele observava o olhar amoroso da moça para aquele pobretão. O rapaz tinha interesse por Thea desde sua adolescência, no entanto ele tinha péssimos resultados na escola, no ensino médio, e sua família não era rica. O rapaz tinha certeza, à altura, de que Thea nunca lhe daria uma chance.
Anos depois, contudo, o rapaz estabelecera sua própria empresa e ganhou um bom dinheiro. Naquele momento, ele era dono com um patrimônio líquido impensável para a maioria das pessoas. Em sua opinião, apenas um homem de sucesso, como ele, seria digno de uma beldade como Thea Callahan. Vendo que a moça enfrentava alguns problemas, pensou que era a sua chance de provar a si mesmo e aproveitar a oportunidade para conquistar uma moça tão bonita, durante a festa de reencontro.
— Senhor Quay, vamos conversar um pouco sobre isso, sim? Thea é alguém por quem tenho apreço, então me mostre algum respeito e deixe isso de lado. —
— Quem é você, porra?! — Quay lançou a mão no rosto do homem, antes de ouvir a resposta.
Channing ficou com muita vergonha de levar um tapa em frente a todos os seus antigos colegas, mas só recuperou os sentidos depois de alguns segundos.
— Senhor Quay, sou o fundador da Shining Bright! —
— Foda-se! Perto de mim, você é lixo! Lixo! —
Quay levantou o pé e chutou Channing, enquanto todos os presentes assistiam à cena, com atenção e celulares preparados. Os ex-alunos da primeira classe reprimiram o riso, observando o evento se desenrolar em violência.
Channing, em meio as agressões, continha as lágrimas oriundas da humilhação. O homem acreditava que era alguém de relevância, mas Quay não teve nenhuma misericórdia para agredi-lo.
Julianna, que se levantara com dificuldade, tentava cobrir as pernas, que ficaram feridas no tombo. Suas meias estavam rasgadas, seu rosto, vermelho e inchado, além de que havia manchas de sangue na saia de seu vestido. A moça parecia mesmo miserável e horrível.
— Thea, você está acabada! Seu marido inútil também! —
— Julianna, me desculpe. Isso foi apenas um mal-entendido! Apenas um mal-entendido! Por favor, deixe para lá! Nós éramos amigas, lembra?! — Thea se desculpou, temendo a retaliação dos Xenos.
— Amigas? Eu não sou amiga de nenhuma vagabunda! — Julianna a agrediu, com frieza, antes de se virar para o seu defensor: — Quay, você tem que me vingar! —
— Quebrem as pernas desse filho da puta! — Ordenou o Xenos.
— Sim, senhor Quay. —
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Lendário Dragão General
Bom dia, muito top a leitura, quando serão lançados novos capítulos. grato....