O Lendário Dragão General romance Capítulo 454

No quarto, Thea sentia-se em completo pânico. Ela jamais imaginara que comparecer a uma reunião de classe resultaria em uma briga com suas duas antigas melhores amigas. Sentia-se impotente diante da situação, pois sabia que Julianna, que havia se casado com um herdeiro da família Xenos, estaria naturalmente ao lado deles. Por sua vez, Thea havia ofendido a família Xenos por meio do Dragão Negro, mas acreditava firmemente que estava sendo enquadrada injustamente no caso de Quincy. Essa sensação de estar presa em uma armadilha apenas intensificava a angústia e a confusão da moça.

— O que vamos fazer, querido? Você tem que pensar em alguma coisa! —

James se sentou na cadeira, acendendo um cigarro.

— Está tudo bem, querida. O problema parece maior do que é, mas deixe comigo, eu resolvo. Você espera no quarto, enquanto vou ver se a gerência do hotel tem um cartão-chave sobressalente. —

James observou atentamente a sala, examinando cada detalhe. Ele notou que todas as janelas estavam completamente fechadas, o que indicava que o capanga de Quentin não teria entrado por ali. A única entrada possível era a porta.

— Vá, rápido! — Thea empurrou James para fora.

James decidiu iniciar uma investigação sobre o cartão-chave e uma possível conexão entre Quentin e a gerência do centro de entretenimento Dragon Fountain. O general estava determinado a descobrir se o médico tinha algum tipo de relacionamento privilegiado com eles, o que poderia facilitar a obtenção de um cartão-chave.

Enquanto isso, Quincy ia com Quentin até o quarto do rapaz. A moça ainda usava roupa de banho, que consistia em um conjunto de corte menor do que a média, tornando-a ainda mais atraente. O assediador ajudou a anfitriã a entrar no quarto e imediatamente trancou a porta atrás de si. Quincy, que ainda estava alerta, franziu a testa quando ele trancou a porta.

— Por que fez isso, senhor Goth? —

— Vou usar um método de tratamento secreto. — Inventou Quentin. — Não posso correr o risco de fazer exposição involuntária da técnica. Se alguém me copiar, meu mentor vai me matar, assim que descobrir. —

Com isso, as suspeitas de Quincy se foram.

— Venha se deitar, Quincy, para que eu a examine direito. —

O canalha ajudou a moça a se ajeitar sobre a cama. Mesmo que James tivesse forçado o veneno dela com suas agulhas de prata, era natural que qualquer pessoa ainda se sentisse tonta ao sair de uma situação daquelas, então ela cambaleava ao caminhar. Deitar-se era um alívio quase imediato. Quentin, sem escrúpulos, fingia examinar seu ferimento, que ainda estava vermelho e inchado.

— Aqui, pode engolir. — Disse, oferecendo também um copo d'água.

Quincy abriu a boca e engoliu a pílula, enquanto Quentin sorria com a visão. Ele havia elaborado cuidadosamente aquela droga, alucinógena e excitante. De acordo com o que planejara, mesmo a mulher mais recatada se comportaria de uma maneira completamente diferente, assim que a substância fizesse efeito.

Quincy se sentiu um pouco mais fraca depois de ingerir a droga, mas não se preocupou em pensar muito sobre isso, porque achava que era efeito do veneno que ainda corria em seu corpo. O abusador, enquanto isso, tirava a câmera da bolsa e a colocava em um canto da sala, antes de ajustar a lente e encontrar um bom ângulo. Seguro de que já era tempo o suficiente para a droga agir, ele se virou para avaliar o comportamento de sua vítima.

Quincy tinha os olhos fechados e o rosto corado.

Quentin engoliu em seco, enquanto olhava para o corpo sedutor e seminu da moça. Jamais estivera diante de uma mulher tão atraente. O bandido se sentia extremamente sortudo, até orgulhoso do crime horrendo que pretendia cometer.

— Quincy? — Ele a cutucou.