O ódio de James deixava o ambiente sufocante. Ele gritou de forma ameaçadora, perguntando, novamente. Os ouvidos de Rowena zumbiram, de tão alto.
Tudo o que ela podia fazer era chorar, já que não sabia como responder. Forçou-se a se acalmar o suficiente para dizer algo, em meio ao choro de desespero:
— Eu não sei... eu realmente não sei... Acho que Trent levou a pintura para a capital, como um presente para alguém... Era o objetivo principal do ataque à mansão...— Disse Rowena atordoada.
James, sem esboçar qualquer expressão, pegou o canivete de volta e o enfiou na mão de Rowena, fazendo sangue pingar na cama.
Rowena abriu a boca em agonia, mas nenhum som saiu. Sua expressão se contorceu, com a dor excruciante, e seu corpo tremeu muito, mas não tinha o que fazer.
James, casualmente, puxou algumas agulhas de prata, similares àquelas que usava em sua arma, e as inseriu ao redor da perfuração feita com a faca. Não deixaria Rowena morrer enquanto não soubesse do paradeiro da pintura. As perfurações feitas com as agulhas causavam uma dor muito pior que a do canivete.
Agora, tudo o que ela queria era morrer. James tinha razão: viver era pior que morrer. Mas ele não permitiria que ela morresse.
O militar olhou para a mulher com uma expressão que parecia de angústia:
— Essa dor que você está sentindo não chega nem perto do que seria suficiente para que pagasse por todos os seus pecados. — Disse, friamente — Onde está o quadro? —
— Eu... eu não... eu não sei... Eu juro... — Disse Rowena, mal conseguindo pronunciar as palavras.
James franziu a testa e ponderou. Uma pessoa comum, sob tamanha tortura, já teria cedido e contado toda a verdade. Era uma questão de necessidade primordial, de autopreservação. Se Rowena dizia que não tinha qualquer informação atual sobre o paradeiro da pintura, isso significava que não era mentira.
Essa pintura era a herança mais preciosa de sua família. Os Caden preservaram a obra por várias gerações. Seu avô, especialmente, tinha muito apreço pelo quadro. Dizia que poderiam até aniquilar a sua família, mas que jamais perderia o quadro.
Rowena seguia tremendo, cada vez mais, e, agora, já batia os dentes. Ela se sentia absurdamente tonta, mas permanecia consciente, incapaz de desmaiar, por conta da dor excruciante que a tortura trazia. O choque emanava das feridas em seu rosto e em sua mão. Não desmaiar era, por si só, uma tortura.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Lendário Dragão General
Bom dia, muito top a leitura, quando serão lançados novos capítulos. grato....