Depois que James prestou homenagem à sua família, resolveu voltar à Casa da Realeza, que não visitava já havia algum tempo. Tomou banho e trocou de roupa. Só depois disso, percebeu que já passava das oito. Esquecera completamente de seu telefone, compenetrado em sua missão noturna.
Era a primeira vez que pegava o aparelho em horas, então algumas chamadas perdidas e mensagens o aguardavam.
Na casa dos Callahan, Thea estava sentada na cama, olhando fixamente para seu celular. Não dormiu, esperando que James entrasse em contato. A moça se esforçou muito para resistir e não telefonar para ele, mas depois de uma noite inteira, cedeu. Ligou para o marido algumas vezes, mas não ele não atendeu. Enviou, então, algumas mensagens, mas não obteve resposta. A partir daí, preocupou-se.
‘Será que o feri tanto assim ontem à noite? Fui muito dura?’ Pensou. Thea não pôde deixar de se repreender. Cheia de arrependimento, desejou voltar no tempo.
James leu o que ela enviara.
“Jamie, me desculpe. Eu me comportei precipitadamente ontem. Eu não quis dizer aquelas coisas. Por favor, volte para casa.”
Lendo a mensagem, James sorriu.
Não se imaginava ficando com raiva de Thea. Na verdade, a raiva dela o preocupou, então entendia que explicar qualquer coisa a ela, naquele momento, poderia soar desrespeitoso. Ele não se sentia no direito de cobrar nada dela, porque carregava a culpa de, depois de ter sido resgatado pela moça, ter se atirado no rio e a abandonado.
Por ser uma heroína, a jovem viveu sob chacota por uma década, apenas por causa de sua aparência. James não conseguia parar de pensar no que ela passara: ridicularizada por todos, até por sua própria família, por tanto tempo.
Agora, desde que isso deixasse Thea feliz, faria qualquer coisa, exceto uma: não se ajoelharia perante ninguém, nem mesmo para o avô dela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Lendário Dragão General
Bom dia, muito top a leitura, quando serão lançados novos capítulos. grato....