O Lendário Dragão General romance Capítulo 586

Como os equipamentos que James havia pedido eram comumente utilizados por médicos, todos foram preparados em apenas alguns minutos. A equipe entregou o veneno que cada uma das partes havia preparado para a outra, então o general pegou o que lhe cabia. Era uma garrafa de vidro, com um pouco de pó branco viscoso dentro. O homem abriu o recipiente e derramou um pouco em sua mão, então deu uma cheirada superficial. Vendo isso, Jonathan riu.

— Com base no que combinamos, não temos tempo para examinar o veneno. Porém, como não há cura para o meu veneno, vou lhe dar um tempo para analisá-lo. Não que isso vá fazer diferença no resultado da competição. —

Ao dizer isso, ele pegou o veneno que James produziu e, sem sequer olhar para o recipiente, entregou a Lucas. A sua cobaia também era um especialista em medicina e vinha lidando com aquela ciência havia décadas. Durante todo esse tempo, ele pesquisou ervas e fez experiências com elas no próprio corpo. Assim, como sua imunidade a efeitos colaterais medicinais era forte, nenhum veneno comum poderia prejudicá-lo. Sem a menor hesitação, Lucas engoliu a substância de uma só vez.

James deu um pequeno sorriso com essa visão. Embora a toxicidade do veneno que ele misturou não fosse alta e não levasse a consequências catastróficas no corpo humano, uma vez ingerido era quase impossível neutralizá-lo. Após o consumo, a toxina se espalharia instantaneamente por todo o corpo e se misturaria com as células sanguíneas, alcançando todos os órgãos.

Seria impossível liberar as toxinas apenas usando agulhas de prata ou técnicas como o tratamento com pontos de pressão, então a única maneira de tratá-lo seria fazer uma transfusão de sangue. Depois de engolir o veneno, Lucas começou a se sentir tonto e sua visão se encheu com várias imagens de Jonathan se replicando à sua esquerda, à direita e até mesmo no ar.

— Senhor Harris, acho que estou tendo alucinações. — Lucas disse.

— Sente-se e não se mexa. — Jonathan ordenou e tomou seu pulso.

Enquanto isso acontecia, James ainda cheirava o veneno de seu adversário, porque, enquanto fosse feito de ervas, os vestígios de seu perfume permaneceriam. Mesmo que o cheiro tivesse se misturado e sofrido alterações, ainda era possível identificar uma parte das ervas utilizadas. Contanto que conhecesse os ingredientes crus do veneno, ele poderia criar um antídoto.

O que James descobriu o fez franzir as sobrancelhas: ele general não conseguiu detectar um único cheiro no veneno, o que significava que não conseguia identificar seus ingredientes crus. Como não conseguia criar um antídoto, ele teria que contar com outras formas de liberar as toxinas. O homem se virou para olhar Delilah atrás dele, o rosto dela estava pálido e a mulher tremia de medo.

— Estou pronta. —

Sob o olhar atento da multidão, James pegou um copo de água da mesa e derramou nele o conteúdo da garrafa de cerâmica. No momento em que a água cristalina entrou em contato com o pó branco, ficou turva. Vendo isso, as expressões dos repórteres ficaram tensas, alguns entre a multidão até se levantaram assustados. O rosto de Delilah, a cobaia, ficou branco como talco.

— Senhor Caden, vamos apenas admitir a derrota. — Thea estava ansiosa.

James a ignorou e entregou o copo de veneno para Delilah. A atriz pegou o recipiente, mas suas mãos estavam tremendo e ela não conseguia beber. Enquanto isso, Jonathan estava rangendo os dentes de frustração, porque, embora o veneno de seu oponente não fosse mortal e só causasse alucinações, era impossível identificar a causa disso, o que significava que seria preciso recorrer a agulhas de prata para liberar as toxinas.