O Magnata pai de trigêmeos romance Capítulo 9

A porta do banheiro foi aberta, sem aviso e Anne, que estava lá dentro, congelou, observando nervosamente o homem intimidador, que apareceu de repente.

Anthony olhou para ela e disse:

― Você trancou as portas da minha casa? Quem lhe deu permissão? ―

Apesar de ser uma questão absurda, Anne foi incapaz de refutar. Afinal, aquele não, era de fato, o quarto dela.

Tudo na Curva, incluindo Anne, aparentemente, pertencia a Anthony.

No entanto, ela podia contar para ele o verdadeiro motivo de ter trancado a porta, por isso, improvisou:

― Eu estou... com medo... ― Anne disse, com a voz fraca.

Anthony fixou o olhar afiado no celular, nas mãos da jovem, e ordenou:

― Me dá essa porcaria. ―

Anne percebeu o que ele pedia e apertou o aparelho, com mais força.

Ela não esperava que Anthony chegasse àquela hora e tinha sido pega despreparada.

― Não me faça repetir! ― A voz agressiva de Anthony ecoou pelo banheiro.

O coração de Anne deu um salto. Ela não ousou esperar mais e não teve escolha, a não ser entregar o celular.

Quando Anthony pegou o aparelho o coração da jovem apertou, incontrolavelmente. Pois, ela temia que ele descobrisse seu segredo.

Quando Anthony olhou para o telefone, ela disse, com a mesma voz fraca:

― Eu... eu tive um pesadelo. Eu estava com medo. Tentei ligar para minha tia, mas não queria deixá-la preocupada. Eu não iria falar onde estou, nem te envolver em nada disso. Então, achei melhor não fazer a ligação, e então você entrou... ―

Anne não tinha tido tempo de esconder o aparelho por ter achado mais seguro deletar o histórico antes.

Anthony a olhou fixamente como se estivesse prestes a penetrá-la:

― Você não me engana. ―

Anne olhou para ele, perplexa.

― Ela ajudou você naquela sua tentativa patética de fuga. Você sabe o que vai acontecer a seguir? ― Anthony perguntou cruelmente.

― Não, isso não. Eu pedi a minha tia que me levasse o passaporte. Isso não tem nada a ver com ela. Ela não sabe de nada! Eu... eu prometo a você, não vou contatá-la novamente... ― Anne prometeu e esclareceu.

Mas, ela era muito ingênua, às vezes. Anthony odiava Sarah. Como ele permitiria que Anne conversasse com ela!? Para manter Sarah segura, ela teria que parar de contatá-la.

Anthony avançou, segurou o queixo da jovem e ergueu seu rosto, dizendo:

― Lembre-se, não desafie minha paciência. Você não aguenta pagar o preço de me ver irritado. Entendido? ―

― E... entendido ― Anne chorou.

Mas, de repente, o telefone dela tocou e o som ressoou no banheiro.

O coração de Anne deu um salto e o sangue gelou em suas veias. “Quem... quem está me ligando? Não, por favor, não pode ser a Nancy e as crianças... por favor!”

― Você está tremendo? ― Anthony perguntou, como se estivesse brincando com sua presa. Seus dedos poderosos seguravam Anne e a sentiram tremer.

― Não... ― Anne se virou e pegou o aparelho, enquanto dizia ― vou atender a ligação... ―

Mas, não era isso que Anthony esperava e, por isso, ele segurou a clavícula da jovem e a empurrou contra o vidro do box, prendendo-a contra ele. Anne ficou chocada e suas pernas ficaram moles. O homem era muito forte.

― Comporte-se! ― Anthony estreitou seus olhos penetrantes, focando-os nos da jovem. Enquanto os olhos de Anne estavam fixos na tela do telefone, sem identificador de chamadas. Seu dedo deslizou e atendeu a chamada. Uma voz de homem foi ouvida:

― Anne? ―

Ao ouvir a voz familiar, o corpo da jovem Anne estremeceu, mas ela secretamente soltou um suspiro de alívio.

Era o ex-namorado dela, mas, por que ele tinha ligado?

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