— O quê? Isso não é possível, eu recebi essa carta dela, como assim ela está morta? Isso não pode ser verdade!
— Infelizmente é... alguns meses depois dela ter chegado, a Ellionora deixou de fazer parte do mundo dos vivos...
— Tem a certeza que estamos falando da mesma pessoa? Uma garota morena, cabelo cacheado preto, olhos castanhos, média, usava aparelhos, é essa Ellionora?
— Só conheci uma Ellionora Gasper... a filha dos empresários famosos.
— Essa mesmo... perdi ela pra sempre! — Meus pés não aguentavam ficar de pé depois daquela notícia, minha visão estava fusca, sentia o meu coração apertado, uma angústia, dor e culpa tomou conta de mim...
— Sr. sente-se, quer que eu chame uma ambulância?
— Não vai ser necessário, só estou um pouco em choque... não estava a espera dessa notícia!
— Eu já venho!— Ela diz saindo correndo, minutos depois alguém abre a porta...
— Mãe, cheguei!— Grita uma jovem entrando e a criança vai logo a correr ter com ela.
— Mamã!
— Oi meu amor!
Hmm, está cheirosinha a minha boneca, já vi que alguém tomou um banho, você se comportou bem? Comeu tudo que a vó deu?
— Xim!— Até os legumes?— Todos eles!
— Essa é a minha menina!— Ela responde alegre enchendo a criança de beijos, usava óculos, era média, tinha o cabelo castanho claro, liso e curto, quando nota a minha presença seu semblante muda. — Me desculpe, eu não sabia que a minha mãe tinha visitas... — Ela olha para mim de um jeito estranho como se estivesse se perguntando algo.
— Sem problemas! — Respondo enquanto ela continuava a olhar para mim mas depois nota que eu estava ficando desconfortável.
— Me desculpe, é que você me fez lembrar muito alguém!
— Tomara que seja uma boa pessoa. — Digo sorrindo.
— Uma das melhores que já conheci...
— Sam, filha ainda bem que chegou, chame a ambulância, este Sr. está passando mal!
— Não é necessário chamarem a ambulância, eu estou bem, só estou um pouco em choque com a notícia!
— Quer que eu ligue pra alguém da sua casa? — Ela pergunta se aproximando.
— Eu não moro aqui mas não se preocupem que vou conseguir chegar bem em casa, vou chamar um táxi!
— Está tarde, pode ser perigoso... filha você pode levar ele até onde ele está instalado?
— Eu?
— Sim, ou até um sítio mais seguro!
— Não se incomodem comigo, eu estou bem! — Digo tentando levantar.
— Eu levo você até a sua casa ou onde está instalado, sabe o nome? — Ela pergunta pegando nas chaves do carro.
— Sim, eu tenho o papel do hotel!
— Okay, vamos.
Jasmine, a mamãe vai sair por uns minutos mas já volta, fica com a vovó!— Ela dá um beijo na filha e vamos pro seu carro, lhe dou o endereço e ela limita-se a conduzir.
— Tem a certeza de que não quer passar num hospital? Não custa nada!
— Não, eu apenas preciso digerir tudo o que a sua mãe me disse...
— Pelo seu estado parece que não foi boa coisa!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O melhor amigo do meu pai(Completo)