O poder do Dragão romance Capítulo 2579

Na penumbra da sala da Seita do Caldeirão Esmeralda, François tremia diante de Hosen Holt, seu mestre. A culpa pesava em seus ombros, fazendo suas pernas vacilarem como folhas ao vento. Ele mantinha a cabeça baixa, temendo o olhar penetrante que o julgava.

“Então, você está dizendo que Brutus está com a Grus Divina e vai voltar com ele em dois dias?”, perguntou Hosen, a voz carregada de desconfiança, os olhos estreitados como lâminas.

“Sim, Mestre. Você me chamou com urgência, então não deu para encontrá-lo. Mas ele me garantiu que volta com a Grus Divina em três dias”, respondeu François, a mentira escorregando de sua língua com um tremor quase imperceptível. Se eu contar a verdade, que outra pessoa pegou a erva, ele vai me castigar, pensou, o coração acelerado, temendo a fúria do mestre.

Hosen, porém, soltou uma gargalhada súbita, um som que ecoou como um mau presságio. François sentiu um calafrio, o estômago revirando. No instante seguinte, o sorriso do mestre evaporou, substituído por uma expressão sombria.

Tapa!

Um golpe estalou contra o rosto de François, jogando sua cabeça para o lado.

“Como ousa mentir para mim?”, rugiu o homem, a voz como um trovão. “Não é verdade que outra pessoa pegou a Grus Divina?”

François congelou, o choque estampado em seu rosto. “Mestre, c-como você sabe?” gaguejou, os olhos arregalados, tentando compreender como a verdade lhe escapara.

“Como? Eu vi com meus próprios olhos! A Grus Divina foi transformada em pílula bem na minha frente! Vocês dois são uns inúteis! Não conseguiram nem pegar a erva mística! Lixo, isso é o que vocês são”, esbravejou, a raiva pulsando em suas veias, como se quisesse esmagar François ali mesmo. Se Jared não tivesse pegado a Grus Divina, eu não teria perdido a aposta. Não teria me ajoelhado diante dele.

O homem sabia que o respeito de Yuven pelo rapaz não era sem motivo. O nível de cultivo dele pode não ser alto, mas ele tem um apoio poderoso, pensou, uma careta, calculando cada detalhe.

“Pode deixar, Mestre. Vou arrastá-lo até você”, prometeu o capanga, assentindo com firmeza antes de sair da sala, a determinação mascarando o medo que ainda o corroía.

Após a saída de François, Hosen aproximou-se da janela, o olhar perdido no horizonte, os pensamentos girando como nuvens de tempestade. “Esse cara tem o apoio do Rei Yuven. Se quero enfrentá-lo, vou precisar de reforços”, murmurou, com uma careta, enquanto traçava planos. Após um instante, sua expressão suavizou-se, como se uma ideia tivesse clareado sua mente. “Guardas”, chamou, a voz ecoando com autoridade.

“Como posso ajudá-lo, Sr. Holt?” perguntou um discípulo, entrando apressado.

“Prepare a carruagem. Estou indo para Cidade de Norwal”, ordenou, o tom firme, os olhos brilhando com uma determinação que prometia consequências.