O poder do Dragão romance Capítulo 2750

Sob o véu da noite, enquanto a conversa entre Jared e Ghaylen pairava no ar como o sussurro das folhas, um discípulo da Seita do Caldeirão Esmeralda irrompeu, os pés tropeçando no chão de pedra, o rosto pálido como se tivesse visto um espectro.

“Espere, rapaz! Para onde corre com tamanha aflição?”, a voz de Ghaylen cortou o ar, firme, mas tingida de reprovação, enquanto seus olhos, fundos como poços antigos, fixavam o jovem.

Ofegante, o discípulo respondeu: “Um estranho pediu para ver a Sra. Warwick, e vim correndo avisá-la, Sr. Samoll!” Suas palavras saíam entrecortadas, como se o vento as roubasse.

O velho fez uma careta, as rugas em sua testa se aprofundando como sulcos em terra seca. “Quem é esse homem? Por que tanto alarde?”

“Ele diz ser o Rei Yuven, da Cidade Imperial das Feras, e veio para encontrar o Sr. Chance!” O discípulo engoliu em seco, os olhos arregalados, refletindo o peso daquele nome.

“Rei Yuven?”, Jared repetiu, a surpresa atravessando sua voz como uma lâmina. Por que Yuven cruzaria montanhas e vales até a Seita do Caldeirão Esmeralda só para me ver? Teria a Cidade Imperial das Feras sido engolida por alguma sombra?

Com o coração apertado, o rapaz perguntou, ansioso: “Onde ele está agora?”

“No portão principal. Não o conhecia, então vim correndo avisar a Sra. Warwick.” O discípulo, com o peito arfando, parecia carregar o peso da responsabilidade de não deixar um rei esperando.

Naquelas terras, o nome de Yuven ecoava como trovão, e ninguém ousava negligenciar quem se apresentava como tal. Jared, sem hesitar, apressou-se rumo ao portão, com Ghaylen em seus calcanhares, a túnica do velho ondulando como uma bandeira esfarrapada.

Ao chegarem ao portão, banhado pela luz prateada da lua, o jovem avistou Yuven, cuja figura imponente passeava inquieta, os passos ecoando no chão de terra batida. Ao seu lado, Leifr, o líder dos Lobos Demoníacos, mantinha-se vigilante, os olhos faiscando como brasas. Era raro vê-lo tão perto da cidade, a menos que uma ordem grave o convocasse.

Um pressentimento frio, como o toque de uma brisa invernal, atravessou o peito de Jared ao ver os dois juntos.

Os olhos de Yuven, ao encontrarem o jovem, acenderam-se com um brilho de alívio, como se o jovem fosse um farol em meio à tempestade. Ele deu um passo à frente, mas os discípulos que guardavam o portão, com lanças cruzadas, barraram seu caminho.

“Deixem-no entrar”, ordenou o jovem, a voz ressoando com autoridade, cortando o silêncio da noite.

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