O homem avaliou as palavras de Vincent e depois a condição de Luana, e decidiu atender ao pedido de Stephan.
Luana não sobreviveria mais um dia mesmo que saísse.
Afinal, havia muitos homens perversos esperando do lado de fora. Eles a arrastariam e manteriam nos cantos escuros do local até que ela sucumbisse às infecções.
Os membros da equipe se aproximaram de Luana e a libertaram de suas correntes.
Luana, com as roupas esfarrapadas e coberta de sangue, virou-se e agarrou-se à gaiola. Com os olhos cheios de lágrimas disse para Stephan: “Você não tem nada a perder. Você ainda pode viver, mas eu não aguento mais. Pode escolher me matar, não me importo. Por favor, saia daqui.”
“Eu vim aqui para trocarmos de lugar. Luana, quando estiver lá fora, tem que ir até a embaixada, ou então vamos nos encontrar no caminho dos mortos”, disse Stephan com um sorriso.
Luana tinha mais a dizer, mas a equipe a levou embora. Enquanto se afastava, chorou e virou-se, com os olhos cheios de intensa tristeza e relutância.
Na gaiola, Stephan sentiu alívio quando a viu sair.
A gaiola começou a girar de novo e vários animais foram trazidos para o palco.
Entre eles, um enorme urso-negro capaz de derrubar a gaiola de ferro com um golpe de sua pata.
“Suas armas são limitadas; certifique-se de não decepcionar os espectadores”, disse o homem com um sorriso.
Vincent se animou e olhou para Stephan. Ao pensar no possível fim do aprisionado, dilacerado por animais selvagens e morto naquela arena quase o fez cair na gargalhada.
Luana havia sido levada há menos de dez minutos.
De repente, um tiro alto ecoou pela arena.
O homem ao lado de Vincent tinha um buraco repleto de sangue na cabeça.
Seu sorriso não tinha desaparecido quando ele caiu no chão.
Gritos encheram o ar incessantemente.
Stephan esperava que fossem pessoas enviadas por Xavier, mas, para sua surpresa, não eram. Um grupo de indivíduos vestindo capuzes pretos invadiu e começou a atirar em todos.
Ele não conseguiu fugir do ataque. Sua perna estava machucada, e os animais agitados e assustados derrubaram a gaiola.
Stephan foi jogado no ar junto com a gaiola e atirado ao chão com violência.
Com o impacto, sentiu como se seus órgãos tivessem sido perfurados. Sua cabeça zumbia e sangue jorrou de sua boca. Ele perdeu a consciência por alguns instantes.
A arena virou um caos, os gritos e lamentos eram contínuos.
A arena continuou a girar, e os animais famintos abocanhavam e devoraram as pessoas que caíam dos assentos da plateia.
Explosões ressoaram mais uma vez.
O estrondo fez Stephan despertar. Como ninguém prestava atenção nele, fechou os olhos e fingiu-se de morto.
Os espectadores caíam na arena como pedaços de carne e os animais atacavam-nos e os dilaceravam.
Após um bombardeio implacável que durou dez minutos, os animais foram mortos ou feridos, enquanto outros conseguiram escapar.
Ainda com os olhos fechados, Stephen percebeu que o grupo havia vindo para se vingar.
Para sorte de Luana, ele não hesitou em tirá-la dali. Caso contrário, dadas as circunstâncias, teria sido a primeira a ser baleada.
Os invasores começaram a limpar a cena para garantir que qualquer um que não estivesse morto fosse eliminado.
Stephan estava nervoso e suava frio.
As janelas do carro estilhaçaram e Xavier empurrou Stephan com força.
Uma bala roçou sua sobrancelha, porém, errando por pouco a testa.
Stephan abaixou-se.
O motorista foi atingido e o carro saiu do controle.
Xavier desconsiderou sua própria segurança e subiu nos assentos para assumir o volante.
O carro, porém, colidiu com uma árvore e girou no meio da estrada.
Ele retomou o controle como pôde e, com a ajuda de Stephan, eles conseguiram colocar o carro de volta no caminho certo.
Só quando chegaram à rodovia onde havia mais carros é que os atiradores desistiram da perseguição.
Stephan tinha um ferimento à bala na sobrancelha e o sangue continuava a fluir sobre o olho esquerdo, atrapalhando sua visão.
Sua perna e ombro também foram atingidos.
Xavier estava pálido enquanto dirigia, a cintura e o abdômen cobertos de sangue.
Stephan e o rapaz foram ao hospital.
O olhar de Xavier começou a vagar e ele olhou para o céu com pálpebras pesadas.
“Nós organizamos o retorno de Luana ao país... Sr. Graham, só posso acompanhá-lo até aqui. Cuide-se”, murmurou ele, a dor o fez convulsionar um pouco.
Stephan caiu no chão, semiconsciente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O preço do recomeço
O livro está como concluído, mas não está completo. Lá no Taplivros ele vai até ao 1012...
Bom dia, você não vai liberar mais capítulos?...
O livro é bom, mas tem mais capítulos?...
Ainda irão publicar os capítulos?...
Amando a história e ansiosa pela continuação........