O preço do recomeço romance Capítulo 524

O acidente marcou uma virada significativa na vida de Xavier como assistente de Stephan. Não era mais o mesmo o assistente especial que não agiria sem as ordens de seu superior. Agora, poderia lidar com tudo de forma independente, sem precisar de orientação.

Amélia chegou ao quarto do Stephan com a comida. Antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, o som de um prato quebrando em outra sala a interrompeu.

“Macarrão? Para uma pessoa doente? Qual é o problema dela?” As palavras de Luíza ecoaram alto.

Amélia levantou-se da cadeira e respirou fundo. Ela disse a Stephan: “Preciso falar com sua avó. Volto daqui a pouco.”

Quando ela se virou e saiu do quarto, não viu a pálpebra do homem contrair-se.

Amélia entrou no quarto de Luíza e dirigiu-se a Cristiano, que estava ali com uma expressão desamparada e magoada. “Vai comer, Cristiano. Vou me encarregar de todas as refeições dela.”

“Quem você pensa que é? Anastasia não devia ter permitido que viesse! Nós somos—”

“Pode gritar, parece que você não está com fome. Mas desperdiçou sua parte, então vai ter que lidar com as consequências. Leve o tempo que precisar para refletir sobre suas ações.” Depois disso, Amélia deu-lhe as costas.

Luíza xingou: “Sua bruxa velha! Não se atreva a agir como se estivesse no comando da minha casa!”

Amélia voltou-se para Luíza de novo e se aproximou, agarrando-a pelos cabelos e pressionando-a na cama. “Tento evitar brigar com você, mas tem certeza de que quer fazer isto quando está doente? Sabe de uma coisa? Estou no comando. Não só lhe darei ordens, como também lhe darei uma lição.”

Com isso, puxou com força a orelha de Luíza, que chutou o ar, gritando de dor.

As duas começaram a se estapear. Amélia segurou a perna de Luíza para impedi-la de chutar, depois subiu na cama. A idosa pegou um travesseiro e bateu na outra mulher.

As duas trocaram insultos enquanto se agrediam.

César se concentrou em sua comida com Cristiano e o grupo de homens enquanto ouvia a comoção no andar de cima.

Aos poucos, Luíza parou de gritar e puderam ouvi-la chorando.

“Isso é tão assustador”, murmurou Cristiano.

César sorriu para o jovem. “Nunca subestime as mulheres.”

Seu comentário inocente fez os homens sentirem um frio na espinha.

Apesar da natureza feroz de Amélia, ela os tratou com gentileza. O macarrão que ela fez, por exemplo, estava delicioso e lembrava-os de casa. O bolinho de risoto também estava incrível, dando-lhes energia.

Enquanto os homens conversavam, Amélia desceu as escadas com o cabelo desgrenhado. Ela ignorou os olhares que lhe dirigiam, pegou aspirador portátil e voltou para o andar de cima.

Parecia que ela havia saído vencedora da batalha.

Ela entrou no quarto de Luíza e começou a limpar os restos de comida e os cacos do prato quebrado.

Luíza olhou para a outra mulher, insatisfeita com o resultado da luta.

No entanto, não se atreveu a provocar mais. Não só tinha sido esbofeteada, mas sua orelha também queimava dos puxões que levou, e seu rosto sofreu com os vários golpes de travesseiro. Mais importante ainda, estava faminta e incapaz de revidar.

Depois de arrumar o quarto, Amélia saiu e fechou a porta com um baque.

Depois de tudo, continuamos contando com Amélia para nos ajudar.

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