O preço do recomeço romance Capítulo 556

Anastácia pressionou sua mão contra seu coração acelerado, incapaz de lidar mais com a situação. “Será que esta é a única maneira que você encontra para chamar atenção?” Ela perguntou, com uma frustração evidente em sua voz.

“Não, mas preciso conectar ao WiFi da sua empresa”, respondeu Stephan.

Anastácia recitou uma série de números, tentando se distrair da presença perturbadora dele.

Ele está fazendo isso de propósito, não está? Anastácia pensou, mas Stephan não fez mais nada.

Assim que ele se conectou com sucesso ao WiFi, lançou um olhar para a orelha corada de Anastácia e sorriu.

...

Enquanto isso, Cristiano caminhava ao lado de Amélia, carregando as roupas de Stephan. Os dois tinham terminado sua refeição e agora apreciavam as vibrantes luzes de néon da rua.

“Me pergunto quando o Sr. Graham permitirá que eu retorne”, Cristiano murmurou, saboreando uma salsicha de cordeiro que Amélia segurava para ele.

Ela alimentava Cristiano com a mão esquerda, enquanto segurava sua própria salsicha na direita. “Meus dentes não estão em boa forma. É difícil mastigar essa salsicha.”

“Traga mais perto, Vovó”, Cristiano disse, esticando o pescoço na direção dela.

Ela o olhou com afeto e comentou: “Você é um glutão.”

Cristiano riu. “Minha verdadeira avó faleceu há muito tempo. Quando estou com você, sinto-me afortunado por ver como todos nos admiram.”

Ouvindo suas palavras, Amélia olhou para ele com simpatia e perguntou: “Onde estão seus pais?”

“Meu pai era alcoólatra, jogador e abusivo. Levou minha mãe ao ponto em que ela não suportava mais, e ela tirou a própria vida pulando em um rio”, explicou Cristiano.

Amélia ficou chocada. “Não quis trazer memórias tão dolorosas.”

“Não se preocupe, vovó. Está tudo bem. Deixe-me contar algo. Depois da morte da minha mãe, meu pai começou a me maltratar. Tínhamos brigas violentas, usando cadeiras e até facas de cozinha. Nos atacávamos, aterrorizando os vizinhos. Naquela época, ninguém se atrevia a mexer com minha família”, compartilhou Cristiano.

Amélia lhe entregou o maior espeto e perguntou: “O que aconteceu depois?”

“Num dia fatídico, embriagado, meu pai tropeçou em um abismo na vila e encontrou a morte. Senti alívio ao receber a notícia”, Cristiano prosseguiu. Em seguida, suspirou. “Mas menos de um mês após sua morte, a família do meu tio assumiu nossa casa. Fiquei sem lar e fui obrigado a buscar trabalho na cidade. Infelizmente, ninguém queria me empregar por ser jovem demais.”

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