O preço do recomeço romance Capítulo 666

Anastasia não tinha talento na cozinha. As habilidades culinárias que sua avó lhe ensinara foram negligenciadas desde que retornou a Capitalis há um ano e meio.

“O que você precisa? Se quiser, posso enviar alguém para ajudá-la.” Stephan hesitou em oferecer sua própria ajuda porque ela já havia negado e pedido que ele focasse no trabalho.

Anastasia ficou em silêncio. Ela pensou em Luana e olhou para o ambiente em que vivia. Havia muitas queixas que ela queria compartilhar com Stephan, mas não podia dizer nada no momento.

“Está tudo bem. Apenas anote a receita, o modo de preparo e os envie para mim. Eu ainda posso fazer algo. Embora tenha esquecido muita coisa, se me enviar isso, tornará tudo muito mais simples”, ela disse.

Posso aprender com vídeos curtos, mas prefiro interagir com ele um pouquinho.

Fazer com que Stephan escrevesse pessoalmente aquilo, a confortaria por um momento.

“Ok, farei isso. Talvez possa ficar longo e demorar um pouco, no entanto.” Sua voz carregava uma pitada de indulgência.

Anastasia respondeu com um som de concordância.

Depois que ele terminou de escrever, ela lavou a panela e começou a fazer sopa novamente. Os dois ficaram conversando por mensagem, e Stephan a acompanhou o tempo todo.

Duas horas se passaram sem deixar vestígios, e a sopa de galinha estava pronta.

“Bom, tenho que comer e trabalhar ao mesmo tempo. Te ligo de volta assim que terminar”, disse Anastasia.

“Tudo bem, me ligue na próxima vez que cozinhar. Te ajudarei sempre que precisar.” Stephan também gostou desse processo.

Pelo menos agora ela lhe pediria ajuda quando não souber cozinhar algo.

Após responder, ela guardou o celular e foi até o hospital.

Luana ainda estava em um sono profundo.

Ao entrar na enfermaria, Anastasia franziu a testa em descontentamento quando viu Simão. “Eu não mandei você sair?”

Ele encolheu os ombros. “Tenho que esperar meu pessoal chegar antes de fazer isso. Eu não tenho como me comunicar com eles além desse celular. Posso sair com isso?”

“Que seja, você não tem permissão para entrar aqui! Te ajudei porque queria que você ficasse longe de mim e da minha melhor amiga. Não seja ingrato!” Ela bateu com força a lancheira térmica na mesa.

O barulho alto assustou Luana e a acordou de seu sonho. Seus olhos se arregalaram quando viu os dois.

Sentindo a atmosfera tensa, ela enterrou a cabeça sob as cobertas.

O rapaz sorriu para Anastasia e perguntou: “Por que está tão brava? Não é como se eu tivesse machucado sua melhor amiga.”

Ela reprimiu sua raiva e respondeu: “Ainda há algo em você que eu não sei. Dada a condição dela, se você provocar alguém novamente e Luana se machucar, não me importarei com o status da sua família em Capitalis. Farei você pagar sem a menor piedade!”