O preço do recomeço romance Capítulo 692

Stephan suspirou.

Não foi à toa que ela de repente começou com galanteios. Queria algo dele.

“Aconteceu alguma coisa? Fala”, disse ao reclinar-se na cama e tomar um gole da água ao lado.

“A empresa está um caos. Pode me ajudar a controlar a situação por um tempo? Vou reunir algumas informações para você, principalmente do departamento de design. Há várias controvérsias de plágio, e nossa reputação caiu bastante este ano”, falou Anastasia.

Stephan sentiu a dor de cabeça chegar. Ele apertou as têmporas e respondeu com um grunhido.

“Se estiver ocupado, posso falar com meu irmão”, censurou-se em voz baixa.

“Vou ajudá-la mesmo que esteja ocupado, sabia?”, replicou ele cheio de afeto.

A voz de Anastasia carregava uma sensação de alegria quando disse: “Muito obrigada!”

“Mas há condições”, acrescentou Stephan.

“Prometo fazer qualquer coisa!”, respondeu ela, alegre. Estava muito sobrecarregada com a situação na empresa.

Stephan continuou: “Cuide-se. Lembre-se de comer. Tente não lidar com tudo sozinha se alguma coisa te incomodar, está bem?”

A garganta da mulher do outro lado da linha apertou-se. “Está bem.”

“Tudo bem, concentre-se no que tem que fazer. Vou descansar um pouco e depois voltar para Capitalis”, disse com um sorriso.

Anastasia não queria desligar e depois de hesitar por alguns segundos, disse: “Quero falar com você sobre algo que estou pensando. Vai atrapalhar seu descanso?”

“Não. Meu sono pode esperar.” Stephan reclinou-se na cama enquanto apertava os olhos e desfrutava do breve momento de comunicação.

“Eu estive pensando, se eu continuar assim, não deveríamos terminar? Você não vai ficar impaciente por sempre ter que esperar?” Conhecia-o e sabia que era um pouco mal-humorado, mas ele estava diferente de antes.

Não ficava mais atrás dela de um lado para o outro, ou ela nem entraria num avião.

E era porque não queria trair essa confiança que Anastasia mentiu tanto. A culpa que sentia a tornara um tanto instável.

Stephan confiava nela incondicionalmente, mas ela mentia sem parar.

Quando soube que ele estava bebendo, não dormiu bem pensando em confessar a verdade esta manhã. No entanto, os acontecimentos no Triângulo Dourado fizeram-na se acalmar de novo.

“Talvez eu não tenha feito o suficiente, por isso está tão ocupada e longe de mim”, Stephan confortou-a. Não importa o que os impedisse de estar juntos, estava convencido a não a culpar.

Anastasia ficou comovida e seu tom de voz ficou mais relaxado. “Você não fez nada de errado. A culpa é minha.”

“Tudo bem, não vamos culpar ninguém. Ainda somos jovens e temos de trabalhar mais alguns anos. Depois de nos estabelecermos, não vai mais ser assim”, disse Stephan subitamente sério.

Luana ainda não tinha acordado.

Anastasia não teve escolha a não ser comer sozinha, então limpou a cozinha e começou a desenhar.

Luana saiu de seu quarto cerca de uma hora depois, parecendo sem vida e olhou para ela, que estava absorta em seus desenhos, antes de vagar sem rumo pela cozinha.

“Escovou os dentes, Luana?”, perguntou, atenta.

Luana, às vezes, não escovava os dentes ao acordar, ou ia para a cama sem fazê-lo. Tinha que ser lembrada e persuadida.

“Fiz isso ontem à noite...”, murmurou em resposta, um tanto descontente.

“Escove os dentes e tome banho de manhã e à noite.” Anastasia baixou o tablet e levantou-se. Então caminhou até amiga, pegou sua mão e a guiou em direção ao banheiro.

“Ouvi você falando com Stephan. Acha que sou irritante?”, perguntou a enferma de forma abrupta quando entraram no banheiro.

“Não pense demais; só lave o rosto”, respondeu tranquilizando-a e sorriu.

“Estou cansada de você agir assim. Não quero que se intrometa na minha vida. Às vezes, não sinto vontade de fazer nada. Por que espera sempre que eu viva como você quer?” Luana jogou um copo de água para o lado, frustração evidente em seu rosto.

Anastasia molhou os lábios e olhou para sua amiga. “Você não era assim antes.”