Anastasia olhou para o céu escuro, procurando estrelas, mas não encontrou nenhuma. Ela suspirou.
“Tudo não depende do esforço?”, murmurou.
Se Jorge ficasse do lado de Luana, as coisas seriam diferentes?
Jorge não respondeu e apertou a alça de sua mala.
“A propósito, fiquei sabendo de uma coisa enquanto estive fora. Ronaldo até me pediu conselhos, mas eu não sabia o que sugerir”, disse Anastasia, tentando parecer casual.
“O que ficou sabendo?” Jorge reuniu seus pensamentos e olhou-a.
“Ronaldo tem um amigo próximo que tinha uma namorada, mas terminaram por causa de um incidente. Ele queria se reconciliar, só que a moça engravidou. O problema é que ninguém sabe quem é o pai”, explicou, devagar, improvisando uma história.
“E, por isso, o amigo dele não tem certeza se deve voltar com a garota?” Jorge não demorou para compreender a situação.
“Não, o amigo dele nem sabe que a moça foi violentada e engravidou. O que acha? Se contarmos para o amigo dele, você acha que ele reataria o namoro e aceitaria a criança?”, perguntou, como se tivesse preparado uma armadilha, sugerindo que seu irmão fosse atrás de sua amiga.
“Acredito que nenhum homem decente aceitaria. Sem a criança, é uma história diferente. Claro, não defendo o aborto, só que o homem que a engravidou devia assumir a responsabilidade pelo que fez”, Jorge expressou sua opinião.
Anastasia sentiu-se desconfortável.
Ela não devia ter dito aquilo. Quem gostaria de enfrentar algo assim?
“Mas, se eu fosse o amigo do Ronaldo, confrontaria o homem que fez isso e veria como garota lida com a situação. Acho que seria a melhor solução”, acrescentou ele, considerando os sentimentos de sua irmã. Como mulher, era natural que mostrasse compaixão nesta situação.
“Nesse caso, não vamos contar ao amigo dele. Se eles já terminaram, é melhor deixar por isso mesmo”, sugeriu ela.
Sua esperança agora era que Jorge não fosse procurar Luana, pois mesmo que o fizesse, não seria capaz de encontrá-la.
Em casa, Anastasia tomou banho e quando desceu encontrou Stephan sentado na sala de estar, organizando vários documentos.
Sentindo o olhar de alguém, ele voltou sua atenção para a pessoa e viu Anastasia.
“Você nem me disse que voltou.” Ele colocou os documentos de lado com uma expressão de reprovação.
Sempre fora generoso com seus funcionários, mas seus contratos também eram rigorosos e garantiam que jamais traíssem ou prejudicassem os interesses da empresa.
“Os contratos são excelentes. Concordo com sua abordagem”, disse Anastasia, colocando os contratos de volta na mesa.
“Quanto tempo vai ficar desta vez?” Stephan segurou sua mão, olhando-a com expectativa.
“Vou ficar por um tempo, mas volto a trabalhar amanhã”, respondeu. Não podia ficar com Luana naquele momento e lidar com Stephan era um desafio. Se se ausentasse de novo, ele iria investigar.
Simão, por outro lado, pediu-lhe que ficasse longe por um tempo para ver como as coisas se desenrolariam.
“Você não está se sobrecarregando?”, perguntou Stephan.
“Trabalhei duro para chegar onde estou hoje. Não faria sentido se eu não estivesse atarefada. Quer que eu pare de trabalhar?” Anastasia estreitou os olhos com desconfiança
“Como assim? Eu não gostaria de largar o meu emprego, por que você deveria largar o seu?” Stephan não tinha intenção de confiná-la em casa, porém sempre sentiu que era necessário haver um equilíbrio. Caso contrário, uma vez que se casassem, construíssem uma família e tivessem filhos, sabia que não gostariam de ser negligenciados.
“Isso vai me ocupar por um ano ou dois, depois as coisas não serão tão agitadas”, respondeu Anastasia. Sentia-se, de fato, exausta com o trabalho.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O preço do recomeço
O livro está como concluído, mas não está completo. Lá no Taplivros ele vai até ao 1012...
Bom dia, você não vai liberar mais capítulos?...
O livro é bom, mas tem mais capítulos?...
Ainda irão publicar os capítulos?...
Amando a história e ansiosa pela continuação........