O preço do recomeço romance Capítulo 767

Matheus não pôde deixar de sugerir: “Que tal conseguirmos algumas pessoas para pegar um barco rápido ou algo assim e comprar o remédio que eu preciso? Isso temporariamente interromperá as toxinas para ela. Caso contrário, até chegarmos ao porto, pode danificar seus nervos ópticos. Tenho medo de que, se demorarmos muito pode ser tarde demais para curar seus olhos.”

Henri olhou para o mapa e depois se virou para Simão. “Chefe, se pegarmos um barco rápido, podemos estar de volta em dois ou três dias.”

“É melhor anotar o que comprar e garantir que tudo o que eu preciso esteja lá. Ainda temos uma longa jornada pela frente, e não podemos nos dar ao luxo de ter contratempos no caminho. Caso contrário, eu poderia muito bem te jogar para alimentar os tubarões!” Simão ameaçou Matheus com uma expressão severa.

Matheus concordou repetidamente.

Henri o acompanhou até embaixo.

Matheus segurou a mão de Anastasia e disse gentilmente: “Vou te ajudar a descer.”

Anastasia sabia que só podia contar com ele nesse momento. Simão já cuidara de Luan antes, e Luan o conhecia bem. Ela estendeu a mão e segurou a mão de Simão. “Vou confiar em você para cuidar de Luan.”

“Claro, posso tratá-lo como se fosse nosso filho”, respondeu Simão sem hesitar.

Anastasia ficou um pouco irritada com isso. “Você não consegue ser sério nem uma vez?”

“Estou sendo sério. Por quê? Ainda está pensando em Stephan, aquele cara sem coração? Mesmo quando você estava em perigo, ele ainda conseguia te irritar. Sou diferente. Estive ao seu lado o tempo todo”, disse Simão enquanto pegava Luan gentilmente em seus braços.

Anastasia segurou suas roupas com força. “Simão, por favor, me prometa que cuidará bem de Luan. Ele é o filho da minha amiga mais querida. Eu te imploro.”

Como Anastasia estava vivendo sob o teto dele, ela não tinha escolha a não ser ceder, especialmente agora que estava cega e incapaz de cuidar de Luan.

“Não se preocupe, prometo cumprir minha palavra!”, respondeu Simão, ficando um pouco impaciente.

Ela continuou segurando suas roupas com firmeza e não ousou soltar. “Você disse que minha amiga ainda está viva. É verdade?”

“Não ganho nada mentindo para você”, ele disse casualmente.

Ela gradualmente relaxou, mas ainda segurava sua mão. “Quero voltar para o meu quarto.”

Ele a guiou para baixo.

Anastasia caminhou lentamente e finalmente voltou para o quarto. “Deixe Luan ficar comigo por um tempo.”

Simão entregou a criança a ela.

Ela segurou Luan enquanto subia na cama. Depois de se deitar, uma onda de desconforto a envolveu, e ela fechou os olhos.

Inicialmente, ela pensou em encontrar uma oportunidade para escapar, mas sua cegueira tornou impossível até se mexer.

Talvez esse seja o meu destino, ela ponderou.

Tantas coisas haviam acontecido, e ela perdera o amor. Agora, sua visão também se fora.

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