O Renascimento do Marido romance Capítulo 57

Harold não fez força e Crystal não sentiu dor, mas ela estava estupefata, boquiaberta olhando para ele, que levantou uma sobrancelha e perguntou: "Qual o problema?"

Crystal tocou a marca em sua bochecha. "Eu não te mordi, nem te lambi!"

"Que tal me morder de volta?"

Crystal sentiu que ainda estava em desvantagem.

"Quer me morder ou não?" Harold olhou para o relógio. "Já são onze horas."

Crystal abaixou a cabeça, aflita. "Esqueça. Sou generosa. Não vou discutir com você."

Harold sorriu. "Então, vamos dormir."

Crystal olhou preocupada para a cama. "Não posso dormir no sofá lá embaixo?"

"Claro."

Antes que Crystal ficasse feliz, ele acrescentou: "Se sair por esta porta, vou quebrar sua perna".

Crystal sentiu uma pontada na panturrilha. Subiu na cama, levantou o cobertor, deitou-se e fechou os olhos. "Boa noite, Senhor White."

Harold acompanhou seu movimento e se deitou ao lado dela. A forte presença de outra pessoa deixou Crystal um pouco desconfortável. Ela ficou perto da beirada da cama.

O mesmo cheiro cítrico de gel de banho em seus corpos, se entrelaçava no ar como se eles fossem um casal íntimo.

A desvantagem de se deitar sob o mesmo cobertor era que Crystal podia sentir o calor de Harold. Seu corpo era mais quente que qualquer um. O calor fez o pescoço de Crystal corar. Ela continuou avançando em direção à beirada da cama. De repente, Harold esticou o braço e puxou-a de volta para o meio da cama. Disse com a voz preguiçosa: "Se se virar mais uma vez, vai cair no chão."

O coração de Crystal estava acelerado. Ela estava nos braços de Harold sob um cobertor fino. Quando olhou para cima, viu a mandíbula desenhada dele.

Ela se sentia como um coelhinho preso na toca de um lobo. Tremendo de medo, não sabia quando seria engolida.

"Não consegue dormir?" perguntou Harold.

Crystal estava com muita raiva. Por que será que ela não conseguia dormir? Mas não se atreveu a dizer nada, só murmurou sua resposta. "Sim".

Harold parou por um momento, ergueu a mão e deu tapinhas nas costas dela. Seus movimentos estavam meio desajeitados, sua voz baixa. "Feche os olhos."

Crystal respondeu com "sim" e fechou os olhos. Logo ela dormiu, com o carinho dele.

Sentindo a respiração constante da garota, Harold a contemplou.

Quando Crystal dormia, era ainda mais obediente do que quando estava acordada. Parecia que só conseguia enxugar as lágrimas, mas não dizia nada quando era agredida. Ela era tão adorável!

Harold tocou seus cílios com a ponta do dedo. Os cílios dela estremeceram. Ela franziu a testa e se curvou nos braços dele, afastando-se do toque.

Harold não a provocou mais. Puxou o cobertor até o queixo dela. Só então fechou os olhos.

Ele nunca dormia bem. Às vezes, ele fechava os olhos e ficava deitado na cama a noite toda, esperando o amanhecer. Mas naquela noite, talvez pelo perfume da garota, ele logo caiu no sono.

A chuva caiu na noite tranquila, sem aviso. Crystal parecia sentir frio, aninhada no peito de Harold. Sua bochecha pressionada contra o peito dele a aquecia, mas também fez Harold sonhar com um gatinho que ficava se aconchegando em seus braços.

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