O Segredo da Assistente: Conflitos e Paixões do Advogado Rigoroso romance Capítulo 114

"Será que... você poderia me deixar sair por um tempo? Tenho alguns assuntos para resolver." Assim que terminou de falar, ela imediatamente levantou a mão, "Eu prometo que não vou fugir!"

"Que tipo de assuntos?"

"São... assuntos pessoais."

Ronaldo Serra baixou as pálpebras, aparentemente perdido em pensamentos, enquanto Helena Guedes o aguardava ansiosamente, apenas para ver suas mãos se estendendo e trancando ainda mais firmemente a corrente.

"Se você gosta tanto dessa posição, então é assim que você vai passar a noite."

Deixando essas palavras para trás, ele saiu sem olhar para trás, batendo a porta do quarto.

"Essa raposa parece dizer, se você me domesticar, minha vida será iluminada pelo sol, e o som dos seus passos se tornará único para mim. O som dos passos de outras pessoas me faria correr para me esconder sob a terra, mas o seu seria como música, me chamando para fora da toca..."

Na sala, uma voz narrativa profunda ecoava.

Ronaldo Serra, vestindo roupas de casa, sentava-se no sofá com os olhos levemente fechados, como se estivesse adormecido, mas ao mesmo tempo, ainda atento.

"...Talvez essa seja a maior diferença entre humanos e animais. No mundo dos animais, só existem interesses, sem sentimentos. Você só precisa seguir seus instintos animais para fazer qualquer coisa que desejar..."

De repente, ele abriu os olhos, seu olhar frio e lúcido.

Ele abriu o aplicativo de monitoramento e buscou os vídeos a partir das três da tarde, assistindo-os em velocidade quíntupla.

Meia hora depois, a cena da mulher tentando descontroladamente sair apareceu na tela do celular.

Jogando coisas, tentando forçar a fechadura, batendo em vidros e paredes, e até tentando escalar para alcançar uma pequena janela...

Ele esboçou um sorriso sarcástico, soltando uma zombaria carregada de escárnio.

Dizendo amá-lo, mas nem mesmo conseguindo ficar quieta.

Jogando o celular inutilizado de volta na mesa de café, Ronaldo Serra se inclinou para trás frustrado, estendendo os braços e lentamente expirando.

Havia pessoas demais.

Por que elas simplesmente não podiam desaparecer?

Ele deveria ter resolvido isso mais cedo, mas ainda bem, não era tarde demais.

Helena Guedes não sabia como tinha adormecido.

Quando acordou, as correntes haviam sido removidas, e ela pôde esticar seus membros, confortavelmente aconchegada.

A luz do sol infiltrava-se pela fresta da porta, derramando um brilho dourado por todo o chão, uma visão maravilhosamente bela.

Ela olhou para isso, meio atordoada, até que um sobressalto a fez sentar-se abruptamente.