O Segredo da Assistente: Conflitos e Paixões do Advogado Rigoroso romance Capítulo 119

"Ah, desculpe, não foi minha intenção..."

Antes que a outra pessoa pudesse reagir com raiva, ela já estava se desculpando profusamente, com uma atitude muito boa de quem reconhece o erro.

Assim que seus pés tocaram o chão, ela deu vários passos para trás.

Com uma aparência tímida, parecia uma pequena codorna.

Essa "codorna", depois de esperar um pouco e perceber que não havia perigo, começou a ficar mais corajosa.

Ela piscava seus lindos olhos redondos, com pequenas covinhas aparecendo de forma tímida: "Obrigada por vir me buscar, eu..."

"Não se iluda, eu só estava passando por aqui." Ronaldo Serra interrompeu friamente.

As pequenas covinhas desapareceram por um instante, mas logo reapareceram: "Mesmo assim, é muito bom, com toda essa chuva, ser descoberta por você, e o mais importante, você veio imediatamente..."

"Então por que você estava tentando se matar no meio da rua?"

"Não era a rua, era a calçada..."

Ela retrucou em voz baixa, quando de repente sentiu o pescoço ser agarrado, forçando-a a olhar para cima, direto nos olhos furiosos.

"Não me importa qual seja sua razão ou motivo, grave bem isso, você é uma criminosa, não tem o direito de incomodar os outros!"

Ela sentiu uma dor no peito, mordeu o lábio e baixou os olhos.

"Eu sei, não era minha intenção fugir, eu levei dinheiro trocado, só esqueci que não tinha celular... Desculpe."

"Nos próximos dias, você está proibida de sair. Se algo assim acontecer novamente, o seu castigo será mais longo."

Com um soltar de mão, ele deixou essa frase no ar e virou-se para entrar no quarto.

Helena Guedes ficou parada na sala, formando uma pequena poça de água sob seus pés. Ela respirou fundo e, quando Ronaldo Serra saiu trocado, já havia ajustado seu estado emocional.

"Ainda dói, o que eu faço agora?"

Na profundidade da noite, uma silhueta delicada abriu a porta da mansão no jardim, tirou os saltos altos no hall de entrada, e caminhou descalça até o sofá estilo europeu, desabando sem qualquer elegância e soltando um suspiro.

Depois de vários dias em movimento constante, finalmente ela poderia deitar em sua cama de princesa, três metros de largura, e dormir confortavelmente.

Pensando que ninguém apareceria àquela hora, Yasmin Carneiro decidiu tirar também o casaco e as meias. Justamente quando estava prestes a desabotoar os dois botões da camisa para respirar melhor, as luzes de repente se acenderam.

"Caralho, quem é?!"

Ela cruzou os braços, assumindo imediatamente uma postura defensiva.

Uma figura elegante começou a descer a escada em espiral, com um tom sério: "Meninas não devem falar palavrões, eu mal me ausentei por uns dias e você já está assim tão desinibida?"

Ao reconhecer quem era, ela se acalmou: "Irmão, você assusta as pessoas, sabia? Por que não avisou que estava voltando?"