O Segredo da Assistente: Conflitos e Paixões do Advogado Rigoroso romance Capítulo 129

Ela soluçou uma vez, mordeu os lábios e segurou a respiração para fazer o que foi pedido.

Quando a paisagem noturna infinita invadiu sua visão, Helena Guedes de repente sentiu que tudo ao seu redor ficava silencioso, as imagens moviam-se lentamente, até o tempo parecia ter congelado naquele momento.

Sem perceber, a paisagem ao redor começou a mudar lentamente, e à medida que a estrada se estendia para ambos os lados, vastas sombras balançavam ao sopro da brisa.

A velocidade do veículo diminuía, virando à esquerda ao longo da estrada, quando a lua surgia por entre as nuvens, derramando um brilho suave, tingindo as sombras de prata.

Foi então que Helena Guedes percebeu que estavam cercados por margaridas.

As margaridas do outono e inverno, sob a luz da lua, ondulavam em camadas, como ondas do mar, de uma beleza sem igual.

Depois de circular por mais de vinte minutos, eles retornaram à estrada por onde vieram.

Neste momento, Helena Guedes já não sentia medo.

Ela se deitou confortavelmente contra as costas largas, abraçando o outro com os braços em uma atitude aberta e sincera.

A viseira do capacete estava muito clara, permitindo-lhe ver as imagens refletidas no retrovisor.

Luzes escuras e indistintas deslizavam sobre o homem, como se ele estivesse envolto em nuvens coloridas.

O príncipe encantado de sua juventude estava levando-a através dos sonhos da noite.

Como seria bom se pudessem continuar assim para sempre.

Envolta nesses pensamentos, ela adormeceu gradualmente.

Às nove e vinte e cinco, na frente do Ministério Público.

"Bom dia, Dr. Serra."

"Bom dia."

"Olha só, com um sorriso no rosto, está de bom humor, hein? Parece que o escritório de advocacia está indo muito bem ultimamente."

"Ah, eu estava pensando em você, se você ainda estivesse na jogada, esse cara não teria chance de aparecer. Todo mundo sabia quem você era naquela época... Ah, deixa pra lá, falei demais. Estou chegando no escritório, falamos depois!"

Ronaldo Serra guardou o celular e continuou seu caminho.

"Desculpe, pedido negado."

O funcionário empurrou o formulário de volta para ele.

"Por quê?"

O funcionário olhou para ele, ajustou os óculos, com um olhar de surpresa e um toque de desdém: "Não passou na nossa análise, isso te satisfaz?"

Ronaldo Serra ficou em silêncio por dois segundos, sem dizer mais nada, pegou os documentos e subiu para o terceiro andar.

Os atendentes do balcão estavam apenas seguindo ordens, o importante era quem fazia a revisão.

Ele bateu na porta e entrou, a pessoa dentro do escritório estava ao telefone, olhou para trás, viu que era ele, acenou levemente e continuou a conversa.