O Segredo da Assistente: Conflitos e Paixões do Advogado Rigoroso romance Capítulo 149

Simão Gonçalves, naquela condição, não conseguiria ir muito longe. Dada a sua natureza, seria impossível carregá-lo, então Helena Guedes se ofereceu para ir até o estacionamento subterrâneo e trazer o carro até a porta da frente para ajudá-los.

Contudo, ela superestimou sua habilidade de se orientar. Estava certa de que o carro estava na seção G, mas depois de mais de vinte minutos andando, não conseguiu encontrar o carro.

Quando estava sem saber o que fazer, percebeu uma placa de carro familiar não muito distante.

Ela se deu um tapa na testa, finalmente entendendo e apressou-se em direção ao carro.

Não tinha andado muito quando começou a ouvir sons abafados, familiares mas ao mesmo tempo estranhos.

Instintivamente, Helena seguiu o som e viu um Rolls-Royce balançando intensamente num canto escuro do estacionamento.

Antes que pudesse reagir, uma mão quente cobriu seus olhos e uma voz familiar sussurrou em seu ouvido: "O que está olhando?"

Na penumbra do estacionamento, com o peito firme do homem pressionado contra suas costas e sua respiração fria batendo em seu ouvido, eles assistiam a um espetáculo ao vivo bem diante deles.

Ela estremeceu, sentindo os joelhos enfraquecerem.

"Você gosta tanto de assistir, ficou meia hora observando?"

Suas bochechas ficaram imediatamente vermelhas, e ela apressou-se em dizer baixinho: "Não, eu estava procurando o carro..."

Ele riu de leve, um sinal de que ela havia sido enganada novamente.

Mas, estranhamente, ela sentiu-se um pouco mais aliviada.

Entre eles, raras eram as vezes que sentiam isso, como se...

De repente, ela sentiu a emoção do homem atrás dela esfriar drasticamente. Confusa, virou-se ligeiramente e viu que a janela do Rolls-Royce estava abaixada, revelando o rosto de um homem de meia-idade e parte de seu corpo nu.

O homem parecia dizer algo enquanto ria, batendo no ombro da pessoa ao seu lado antes de sair do carro.

Helena pensou que ele viria repreendê-los por espionar e rapidamente puxou a manga de Ronaldo Serra, sussurrando: "Vamos embora."

Naldinho?

Helena ficou perplexa com o apelido.

"Apresentar o quê, apenas uma mulher." A voz de Ronaldo Serra era desdenhosa, mas seus olhos estavam frios. Ele foi diretamente para o carro, dizendo impacientemente, "Venha."

"Certo."

Helena correu para alcançá-lo, passando pelo homem de meia-idade com uma sensação estranha de familiaridade.

Mas ela não ousou olhar mais, baixando a cabeça enquanto passava apressadamente.

Quando chegaram à entrada do hotel, viram Simão Gonçalves desmaiado no chão, dormindo profundamente, cercado por várias pessoas, incluindo uma senhora rica que parecia muito interessada nele.

Helena se apressou até ele, cumprimentando a multidão antes de pedir ajuda aos funcionários do hotel para carregá-lo para o carro.