O Segredo da Assistente: Conflitos e Paixões do Advogado Rigoroso romance Capítulo 2

Helena Guedes ignorou o inchaço em sua testa e, cuidadosamente, evitou encostar nas longas pernas do homem, aproximando-se dele. Observando seu rosto ruborizado, ela lambeu seus lábios ressecados.

"Eu sei que você não quer, então... não se preocupe, não vai machucar. Comprei importado e gastei muito dinheiro..."

Havia um tom de relutância em sua voz.

Sob o pano preto, os olhos de Ronaldo Serra estavam vermelhos, o sabor descontrolado de seu corpo inflamava sua raiva. Mas, ao relaxar sua mandíbula, tudo o que podia fazer era respirar pesadamente, incapaz de dizer mais nada.

Com a visão obstruída, sua audição tornou-se extremamente aguçada.

Num estado confuso, ele ouviu o som do atrito das roupas.

Sua garganta movia-se incessantemente, como um viajante que caminhou por muito tempo no deserto, insuportavelmente sedento.

Sua pele, antes fria, agora estava intermitentemente ardente.

Quando a tão esperada chuva finalmente caiu, sua razão já havia se transformado em cinzas. Ele baixou a cabeça, mergulhando no cabelo solto da mulher.

Os fios de cabelo não eram suaves, não havia aroma de nenhum xampu conhecido, apenas um cheiro de sabão misturado com sol.

Que fragrância barata.

Ele pensou maldosamente, mordendo um pedaço de pele entre seus lábios, sem piedade.

"Ah!!"

Um grito miserável ecoou pelo pequeno apartamento alugado.

"Que diabos de barulho é esse no meio da noite!" Um vizinho fechou a janela com força.

Nuvens escuras flutuaram até a lua, escurecendo ainda mais a noite.

Helena Guedes, com apenas vinte anos, estudante do segundo ano da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, sempre estava entre os primeiros nas provas, conquistando bolsas de estudo por dois anos consecutivos.

Teoricamente, ela deveria ser bem conhecida e elogiada por todos.

Infelizmente, na universidade, as notas são apenas uma pequena parte do carisma, e a qualidade geral é o que realmente importa.

Helena Guedes passava os dias com os cabelos soltos, usando óculos de armação preta e roupas desbotadas e ultrapassadas.

As outras riam e se juntavam: "Vamos, vamos. Ouvi dizer que o veterano Serra está de volta hoje. Vamos tentar a sorte para ver se conseguimos falar com ele!"

As garotas se foram, e Helena Guedes apressou-se a pular até o térreo.

Era hora do almoço, com poucas pessoas indo e vindo, mas ela não encontrou seu tênis em lugar algum.

Teoricamente, tão desgastado, ninguém deveria querê-lo.

Ansiosa, ela de repente viu uma silhueta alta não muito longe, segurando seu tênis.

Com um movimento leve dos dedos, o tênis caiu no lixo.

"Ei! Ei, meu tênis..."

Helena Guedes correu até lá, tentando alcançá-lo, mas uma mão bonita e pálida a impediu.

Seguindo o olhar, o rosto que ela memorizou milhares de vezes apareceu diante dela.