O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 170

Esse tipo de sentimento era difícil de colocar em palavras.

O velho Luís Aguilera estava ainda mais surpreso. Olhava para todos os lados na mansão, sem conseguir conter o espanto:

— Úrsula, uma mansão tão luxuosa como essa deve valer uma fortuna, não é?

Úrsula Mendes sorriu:

— Luís, essa casa é de uma amiga minha. O pai dela é empreendedor imobiliário, então ela me deu o preço de custo: só dezoito milhões. Não é caro.

Dezoito milhões?

Não é caro?

Isso é não ser caro?

Uma pessoa comum talvez não ganhe dezoito milhões nem em toda a vida...

Ao ouvir isso, o senhor Fabiano Mendes perguntou imediatamente:

— Úrsula, é aquela moça, a Domi?

— Sim. — Úrsula Mendes assentiu levemente.

Luís Aguilera, ao lado de Fabiano Mendes, não conseguiu esconder a inveja:

— Mendes, você realmente criou uma ótima neta! Você vai ter uma velhice abençoada.

Embora Úrsula Mendes não tivesse nenhum laço de sangue com Fabiano Mendes, era muito mais dedicada e respeitosa do que a maioria das netas legítimas.

Fabiano Mendes também estava radiante de felicidade:

— Úrsula sempre foi uma menina muito atenciosa, desde pequena.

Era a primeira vez que os dois senhores passeavam por uma mansão desse porte. Tudo lhes parecia novidade; tocavam, observavam cada detalhe, encantados.

Quando Úrsula Mendes mencionou que todos os eletrodomésticos da casa eram controlados por inteligência artificial, Fabiano Mendes olhou curioso para ela:

— Úrsula, o que significa isso de inteligência artificial em toda a casa?

Úrsula explicou:

— Por exemplo, se o senhor quiser apagar as luzes, basta dizer: George, apague as luzes. E pronto, elas apagam.

Fabiano Mendes imediatamente testou:

— George, apague as luzes!

Clique.

As luzes se apagaram.

Fabiano Mendes perguntou:

— E se eu quiser acender as luzes?

Luís Aguilera sorriu ao lado:

— Isso eu sei, é só dizer: George, acenda as luzes.

Mal terminou de falar, as luzes se acenderam.

Era a primeira experiência deles com inteligência artificial, e os dois senhores estavam como crianças, empolgados. Fabiano Mendes, principalmente, não parava de pedir para abrir e fechar as cortinas elétricas diante das grandes janelas.

Fabiano Mendes suspirou:

— A tecnologia hoje está mesmo avançando demais. Se fosse há sessenta anos, lá no interior, mal tínhamos o que comer... Quem poderia imaginar viver assim um dia?

— Pois é! Quem diria que os tempos mudariam tanto. — Luís Aguilera concordou balançando a cabeça.

Fabiano Mendes então se lembrou daquele dia em que ele e Úrsula saíram da família Blasco.

Naquela ocasião, Úrsula apontara para aquele condomínio de mansões e disse que um dia ele moraria ali, que cuidaria dele na velhice.

Na hora, Fabiano Mendes achou que a neta só queria consolá-lo.

Mas não é que ela cumpriu a promessa tão rápido?

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