O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 195

Após responder à mensagem de Estevão Arrieta, Israel Ayala largou rapidamente o celular.

Não olhou mais para o aparelho.

Aquele livro dizia claramente:

Quando se está jantando com uma mulher, o mais inadequado é ficar olhando o celular o tempo todo.

Israel Ayala sempre fora um aluno exemplar.

Tudo o que fazia, tinha que ser feito da melhor forma possível.

Do outro lado, ao ler a resposta de Israel Ayala, Estevão Arrieta ficou sem palavras:

— Reunião, reunião, só sabe falar de reunião! Um verdadeiro viciado em trabalho! — resmungou ele. — Nem para o aniversário da rainha Úrsula ele se mexe, e ainda está numa reunião!

Naquele momento, Estevão Arrieta jamais poderia imaginar que o suposto Israel Ayala, que dizia estar em reunião, na verdade estava jantando com Úrsula Mendes no Restaurante Oriental.

E ainda se declarava alguém de paladar fácil.

O que poucos sabiam é que Israel Ayala era o mais exigente da família Ayala quando o assunto era comida.

Sempre tinha algo que não comia.

Os pratos do Restaurante Oriental eram servidos em porções pequenas e sofisticadas.

Por isso, Úrsula Mendes resolveu pedir mais alguns. Quando viu que havia "Mao Xue Wang" no menu, ficou surpresa e quis experimentar o prato do restaurante, então levantou os olhos para Israel Ayala.

— Você come Mao Xue Wang?

Muita gente não gosta de sangue nem de comida apimentada, e aquele prato ainda vinha em porção grande; por isso, Úrsula Mendes achou melhor perguntar antes sobre as preferências de Israel Ayala.

— Como sim — respondeu ele com um leve aceno.

— Certo — assentiu Úrsula Mendes, passando o cardápio para a atendente. — Então pode trazer mais um Mao Xue Wang.

— Perfeitamente, senhorita.

Ao final da refeição, o garçom trouxe um elegante bolo de aniversário em formato de cisne branco.

— Feliz aniversário, senhorita Mendes.

Úrsula Mendes perguntou, intrigada:

— O restaurante agora oferece bolo de aniversário para os clientes?

Afinal, um bolo de cisne branco não era nada barato.

Pequeno, mas custava mais de cinco mil reais.

O garçom sorriu e explicou:

— Houve um engano, senhorita Mendes. O bolo foi comprado antecipadamente por este cavalheiro e deixado aqui conosco para a ocasião.

Úrsula Mendes voltou-se para Israel Ayala:

— Foi você quem comprou?

— Sim — ele respondeu, acendendo as velas. — Úrsula, faça um pedido.

— Vou fazer.

Úrsula Mendes juntou as mãos, fechou os olhos e, com muita devoção, fez seu pedido de aniversário diante das velas.

A luz das velas dançava junto ao brilho dos letreiros do lado de fora, refletindo-se delicadamente nas feições serenas dela. Uma brisa suave vinda da janela balançava seus cabelos, trazendo uma sensação de paz e beleza ao momento.

Israel Ayala ficou por um instante absorto, olhando para ela.

Ninguém sabia qual era o desejo dela. Alguns segundos depois, Úrsula Mendes abriu as mãos e soprou as velas de uma vez só.

Israel Ayala sugeriu:

— Úrsula, posso tirar uma foto sua?

— Claro.

Israel Ayala pegou o celular e abriu a câmera.

Úrsula Mendes fez o clássico sinal de “V” com os dedos.

Com sua beleza natural, não era preciso forçar ângulos: qualquer foto tirada ali já parecia um retrato de revista.

Israel Ayala tirou várias fotos seguidas.

— Vou te mandar pelo WhatsApp.

— Por favor — respondeu ela, assentindo com leveza.

Após o jantar, Úrsula Mendes foi até o caixa para pagar a conta.

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