O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 198

Dizer que não ficou surpreso seria mentira.

Israel Ayala não pôde deixar de pensar em quantos lados desconhecidos aquela pessoa ainda escondia.

Ela parecia uma pedra de esmeralda bruta, sem lapidar — só quando se parte a pedra é possível descobrir as surpresas que ela guarda.

Úrsula Mendes realmente apreciava o aroma do Folhas de Ouro. Levantou a xícara e tomou mais um gole.

— Talvez eu tenha um paladar mais sensível, e como gosto muito de café, consigo memorizar o sabor de várias bebidas logo na primeira vez.

— Então você é muito melhor que eu. Preciso experimentar várias vezes para conseguir guardar o sabor e o tipo de cada café. — disse Israel Ayala, em seguida continuou: — Os doces daqui também são ótimos, quer provar?

Úrsula Mendes pegou um pedaço de bolo de lótus.

Ela comia sem afetação alguma, quase devorando metade do doce em uma única mordida. As bochechas infladas a faziam parecer um pequeno esquilo, uma imagem completamente diferente da serenidade habitual — havia algo inexplicavelmente encantador ali, uma cena agradável de se ver.

Israel Ayala tomou um gole do seu café, como se lembrasse de algo, e então perguntou:

— Úrsula, você gosta de doces?

— Gosto sim, adoro coisas doces. — respondeu Úrsula Mendes com um leve aceno de cabeça.

Úrsula Mendes não tinha qualquer resistência a sobremesas; até mesmo o café, só tomava se fosse bem doce.

Ao ouvir isso, Israel Ayala pegou o celular e fez um pedido pelo aplicativo do restaurante: pediu o mousse de pêssego e a torta de chocolate com chá preto, os doces mais vendidos da casa.

Ele havia pensado que Phyllis fosse um homem e, por isso, escolhera apenas doces com pouco açúcar, nada muito enjoativo.

Lembrava de ter lido que a maioria das mulheres gosta de doces.

Mas Úrsula Mendes nunca seguia o roteiro esperado, então Israel Ayala resolveu perguntar. Ao saber que ela gostava de doces, não hesitou em fazer o novo pedido.

Logo, o garçom trouxe as novas sobremesas à mesa.

O olhar de Úrsula Mendes foi imediatamente atraído.

Prova daqui, prova dali.

Enquanto ela se distraía com as sobremesas, Israel Ayala começou a recolher as peças do tabuleiro, colocando-as nos respectivos potes de jogo.

Quando Úrsula Mendes já estava satisfeita com as degustações, Israel Ayala também terminara de separar as peças.

Seus lábios se moveram suavemente:

— Úrsula, vamos começar?

Úrsula Mendes assentiu levemente:

— As pretas iniciam, você primeiro.

No jogo de estratégia, quem começa sempre tem vantagem.

Por isso, o primeiro movimento é disputado.

Mas Úrsula Mendes não ligava para isso.

Os verdadeiros mestres não se preocupam com quem tem o primeiro movimento.

— Tudo bem. — Israel Ayala não insistiu, apenas inclinou a cabeça. — Então aceito a honra.

Dito isso, Israel Ayala pegou uma peça e a colocou no tabuleiro.

Era a posição estrela.

Esse local, por controlar o desenvolvimento das extremidades, é uma escolha comum para quem começa — quase todo jogador experiente inicia por ali.

Israel Ayala não foi exceção.

Úrsula Mendes seguiu logo depois, posicionando a peça branca ao lado da de Israel Ayala.

Ele arqueou as sobrancelhas, intrigado.

O que ela pretendia?

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