O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 254

Dominika Galvão assentiu, achando que Úrsula Mendes tinha muita razão no que dizia.

Depois do café da tarde, as duas saíram para conhecer alguns pontos turísticos e tirar fotos para registrar o passeio.

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Num piscar de olhos, chegou o dia seguinte.

Conforme combinado, Úrsula Mendes foi visitar a família Gomes.

O carro da família já a esperava em frente ao prédio desde cedo.

Assim que Úrsula Mendes apareceu, Daniel Gomes e Haniel se levantaram imediatamente para recebê-la.

— Doutora Úrsula, que prazer vê-la.

— Bom dia, Daniel. Bom dia, Haniel.

Os nomes dos netos da família Gomes eram inspirados nos pontos cardeais, nos astros e em conceitos de elevação.

Haniel era o quinto entre os primos.

Seu nome vinha justamente do conceito de “acima”, uma referência à ordem de nascimento na família.

Curiosamente, desde que ouviram os mais velhos comentarem que Úrsula Mendes se parecia muito com a tia Valentina Gomes, Daniel e Haniel passaram a enxergá-la, instintivamente, como uma irmã.

Eram mais de dez irmãos, todos homens. Quando eram pequenos, sonhavam em ter uma irmã doce e delicada, mas, infelizmente, suas tias só tiveram meninos, um atrás do outro.

Se Úrsula Mendes realmente fosse irmã deles, seria a realização desse antigo desejo.

— Doutora Úrsula, — disse Haniel, dando um passo à frente — o carro está logo ali, por favor.

Úrsula Mendes assentiu levemente e seguiu para a porta.

Daniel e Haniel acompanharam seus passos.

O trajeto foi rápido.

Eloísa Gomes, junto dos filhos e noras, já esperava do lado de fora.

A família Gomes era grande.

O cenário era realmente impressionante.

O carro parou com um leve ruído.

Daniel e Haniel foram rapidamente abrir a porta.

Úrsula Mendes saiu do carro.

Nesse instante, Eloísa Gomes e os demais vieram recepcioná-la.

— Doutora Úrsula, finalmente você chegou! Eu já estava contando os minutos! — exclamou Eloísa Gomes, sorrindo calorosamente.

Úrsula Mendes segurou a mão de Eloísa Gomes.

— Dona Eloísa, sua saúde ainda está se recuperando, não é bom ficar tanto tempo do lado de fora. Vamos entrar.

— Tem razão. — Eloísa assentiu com um sorriso.

Só de ver Úrsula Mendes, ela já se sentia melhor, o ânimo renovado.

Ao entrarem, Eloísa logo pediu que servissem alguns quitutes.

O café servido era dos melhores, “Folhas de Ouro”.

Os petiscos também eram sofisticados e bem apresentados. Eloísa Gomes não largava da mão de Úrsula Mendes, conversando animadamente.

Yasmim Aguilera e Açucena Chávez trocaram um olhar, e então Yasmim falou, sorrindo:

— Nanci, veja só, sempre tão atrapalhada... Acabou molhando a manga da doutora Úrsula!

Nanci Ortega pediu desculpas imediatamente.

— Me perdoe, doutora Úrsula, não foi minha intenção. Deixe-me limpar.

Dizendo isso, pegou um guardanapo e começou a secar o braço de Úrsula Mendes.

— Não se preocupe, Nanci, eu mesma limpo, — respondeu Úrsula Mendes, sem dar importância à situação, e arregaçou a manga do braço esquerdo.

Nesse instante, todos os olhares se voltaram para o braço dela.

A pele era clara, luminosa.

No entanto, não havia nem sinal de uma marca de nascença, nem mesmo uma pinta.

O semblante de esperança no rosto de Eloísa Gomes desfez-se de repente.

Nada!

Simplesmente não havia!

Por que, afinal, o destino lhe era tão cruel?

Úrsula Mendes tinha a covinha ao sorrir, parecia tanto com Valentina Gomes, mas por que não tinha a tal marca de nascença?

Ao perceberem a ausência da marca, os demais membros da família Gomes também ficaram visivelmente desapontados.

Depois de tanta expectativa, restava apenas frustração.

Úrsula Mendes logo secou o braço esquerdo e arregaçou a manga do direito.

No segundo seguinte, uma evidente marca vermelha surgiu diante dos olhos de todos.