O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 319

Alexandra Garza era realmente uma jovem prodígio.

Ainda tão nova, já cursava o mestrado, e ainda por cima, numa das universidades de maior prestígio do país, seguindo um percurso acadêmico contínuo desde a graduação.

O mais impressionante era que, no vestibular, Alexandra Garza alcançara o terceiro lugar de toda a cidade.

Terceiro melhor desempenho do ensino médio.

E a primeira colocada do distrito!

Se fosse nos tempos antigos, seria alguém que teria o direito de viajar até a capital para ser homenageada pessoalmente pelo imperador.

Comparada a Úrsula Mendes, Jéssica Aguilera preferia mil vezes que seu filho se espelhasse em Alexandra Garza.

Pessoas como Úrsula Mendes só podiam trazer más influências ao seu filho.

Portanto...

Era preciso cortar esse tipo de relação pela raiz!

Ao ouvir isso, Hector Blanco rebateu em voz baixa:

— Eu... Eu não gosto da Alexandra Garza...

Nem um pouco.

Achava Alexandra Garza menos bonita que Úrsula Mendes.

Nem era assim tão especial.

E ainda tinha costume de fazer aquele sorriso falso só para agradar os outros.

Hector Blanco não entendia por que a mãe queria que ele aprendesse com alguém assim.

— O que você disse? — perguntou Jéssica Aguilera.

Ao perceber o tom endurecido da mãe, Hector Blanco ficou sem coragem para insistir:

— Nada... não foi nada...

Suspiro.

Deixaria para lá.

Quando crescesse, tudo mudaria.

Ao crescer, poderia gostar de quem quisesse.

Pff!

Nesse momento, o carro parou de repente.

Leandro Blanco perguntou imediatamente:

— Javier, o que aconteceu?

O motorista Javier virou-se para trás:

— Senhor, acho que o motor apresentou algum problema. Vou descer para verificar.

Com o carro desligado, o aquecedor parou de funcionar e o frio tomou conta do interior.

Leandro Blanco e Jéssica Aguilera também desceram logo em seguida.

— E aí, Javier?

Javier fechou o capô:

— Senhor, tem vários defeitos aqui. Vou ligar para o Seu Jorge vir nos ajudar.

Seu Jorge era outro motorista da família Blanco.

— Está bem — respondeu Leandro Blanco com um aceno de cabeça.

Jéssica Aguilera franziu o cenho:

— Que azar... Logo no Ano Novo o carro quebra.

E ainda ficou completamente parado.

— Au, au, au! —

Nesse instante, Hector Blanco avistou na beira da estrada um filhote de cachorro preto.

No frio intenso do inverno.

O filhotinho tremia de frio, completamente encolhido.

Hector Blanco rapidamente pegou o cachorro no colo:

— Mamãe, posso ficar com ele?

Jéssica Aguilera virou-se e, ao ver o filho com o animal nos braços, soltou um grito:

— Que nojo! Larga isso agora! Esse tipo de vira-lata está cheio de parasitas, é nojento.

— Ele não está sujo, mamãe, está tão indefeso...

Jéssica Aguilera apertou os lábios:

— Sr. Ortega, pode encostar o carro, por favor?

— Claro, senhorita Beta Neto.

Sr. Ortega encostou o carro imediatamente.

Marcela perguntou, sem entender:

— Ami, o que houve?

Eloísa Gomes também olhou para Úrsula Mendes, intrigada.

Úrsula Mendes explicou:

— Acho que tem um filhote de cachorro ali. Vou dar uma olhada.

Dito isso, Úrsula Mendes abriu a porta e saiu do carro.

De fato, encontrou na neve um cachorrinho de cerca de um mês de vida.

Ela imediatamente se abaixou para pegá-lo:

— Quem foi que te deixou aqui, pequenino?

O bichinho era todo preto, bem fofinho, a única coisa era que o focinho era um pouco torto.

No meio daquele frio, tremia todo.

Úrsula Mendes o aconchegou no peito:

— Não tenha medo, vou te levar para casa.

Eloísa Gomes e Marcela também desceram do carro.

Úrsula Mendes olhou para Marcela:

— Vovó, podemos criar um cachorro em casa?

— Claro que sim, Ami. Se você quiser, pode criar vaca, cavalo, o que desejar! — Marcela sorriu e assentiu.

Afinal, o sítio era enorme.

Se Úrsula Mendes quisesse, poderia montar até um zoológico.

Úrsula Mendes sorriu:

— Então vamos ficar com ele, certo?