O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 354

— Úrsula, por que você não fala nada?

— Por que não diz nada?

— Por causa dele, você nem fala mais comigo!

Tão triste, tão magoado, tão injustiçado.

Quanto mais Israel Ayala pensava, mais se sentia injustiçado. Pegou outra garrafa de bebida, tomou tudo e, ao colocar a garrafa vazia sobre a mesa, sem querer esbarrou no limão que estava ali.

Rolou, rolou —

O limão foi parar embaixo da mesa.

Israel Ayala se levantou rapidamente do sofá, se ajoelhou no chão, olhou para o limão com uma sinceridade comovente e disse:

— Úrsula, Úrsula, me desculpa, eu não fiz por mal, eu juro, eu não sou um cara violento! Juro por tudo, realmente não sou esse tipo de homem!

No fim, Israel Ayala ainda levantou três dedos, como quem faz um juramento solene.

— Úrsula, não fica brava, eu já vou te pegar.

Pegou o limão, colocou de volta na mesa e, atenciosamente, pegou uma manta para cobri-lo. Depois de ajeitar bem a manta sobre o limão, Israel Ayala deitou novamente no sofá.

Passado um tempo, ele se virou de lado, fitou o limão em cima da mesa, os olhos avermelhados:

— Úrsula, agora sou eu que estou bravo. Nunca mais vou falar com você.

Dito isso, adormeceu, meio tonto.

—

Enquanto isso.

Bryan Vasques acompanhou Úrsula Mendes até o portão da mansão.

Úrsula Mendes abriu a porta do carro e desceu:

— Obrigada, tio Vasques. Pode me deixar aqui mesmo.

Bryan Vasques também desceu:

— Quem deveria agradecer sou eu, senhorita Mendes. Se não fosse pela senhorita ontem, teria me dado muito mal! Obrigado por ter me socorrido com tanta generosidade.

Uma crise de hipoglicemia não é tão grave, mas se desmaiasse de repente, aí seria outra história.

Úrsula Mendes sorriu levemente:

— Tio Vasques já me pagou um almoço, estamos quites. Não precisa mais mencionar isso.