O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 413

Antigamente, Marcela sempre sentiu compaixão pela filha, pois sabia o quanto tinha sido difícil tê-la, depois de um parto complicado. Por isso, ela sempre procurava tratá-la com todo carinho, sem conseguir vê-la sofrer qualquer tipo de dificuldade.

Mesmo depois que a filha se casou, Marcela insistiu para que continuasse morando na casa da família, e todo mês transferia uma quantia significativa para que a filha e o genro pudessem viver com conforto.

Enrique Garza, por sua vez, passou anos tentando empreender, mas sem sucesso. Se não fosse o apoio da família Solano, Enrique já teria perdido tudo há muito tempo.

Mas agora, Montserrate não queria mais continuar naquela situação.

Ela não podia mais permitir que alguém que feriu sua neta continuasse vivendo sob o mesmo teto que ela.

Sentia que já devia demais à neta, e queria aproveitar o resto da vida para reparar seus erros.

Por isso, a decisão estava tomada.

A filha, o genro e a neta precisavam sair de casa.

Somente assim, Marcela poderia ficar em paz.

Assim que Marcela anunciou sua decisão, Luna Solano ficou paralisada.

Enrique Garza também não sabia o que dizer.

Especialmente Luna Solano, que jamais imaginou que a mãe teria coragem de pedir que saísse da mansão da família Solano.

— Mãe, você... está brincando com a gente? — Luna Solano perguntou, incrédula.

— Não estou brincando — respondeu a senhora, com uma expressão séria no rosto. — Quero que vocês saiam ainda hoje. Vou pedir ao mordomo que arrume as coisas de vocês e mande levar para o novo endereço.

— Mãe!

Luna Solano ainda tentou argumentar, mas Marcela fez um gesto com a mão, interrompendo-a:

— Não há mais nada a dizer. A gente colhe aquilo que planta.

Em seguida, Marcela olhou para o mordomo ao lado:

— Por favor, providencie tudo.

— Sim, senhora. — O mordomo curvou-se respeitosamente.

Depois disso, Marcela virou-se e saiu do cômodo.

Luna Solano ficou parada, como se não soubesse como reagir.

Jamais pensou que a própria mãe a expulsaria de casa por causa de uma "menina qualquer".

Que ironia!

Era simplesmente ridículo.