O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 522

— Será que a Srta. Layne não fez alguma coisa sorrateira enquanto abriu a caixa há pouco?

Alguém lançou a dúvida no ar.

Ficava claro que Ravi Lucca também pensava nisso; ele olhou para Célia.

— Srta. Layne, poderia abrir a caixa mais uma vez, por gentileza?

Célia ergueu a mão e levantou a tampa.

No mesmo instante, uma música maravilhosa e etérea ecoou da caixa, suave e encantadora. Célia mal havia pensado em fechar a tampa quando Ravi Lucca a deteve:

— Espere, deixe que eu faço!

— Fique à vontade. — Célia recuou a mão.

Ravi Lucca então fechou a tampa, e, ao tentar abri-la novamente, percebeu que, assim como antes, ela não se movia nem um milímetro.

Só então Ravi Lucca percebeu que Célia não mentira. Fora ele mesmo quem fechara a caixa; mesmo que houvesse algum mecanismo secreto, ela não teria como manipular.

Os convidados do salão ficaram de olhos arregalados.

— Incrível! É realmente incrível!

— Meu Deus, uma caixinha de música tão pequena consegue distinguir entre o bem e o mal, homem e mulher.

— Será que a Srta. Solano conseguiria abrir?

— ……

Ravi Lucca devolveu a caixinha para Célia, com um tom já mais respeitoso:

— Srta. Layne, eis sua caixa de volta. De fato, não tenho capacidade para abri-la.

Célia recebeu a caixa, olhando para a plateia:

Assim que ouviu isso, os rostos dos convidados ganharam novas cores.

Afinal, o divórcio de Úrsula Mendes não era segredo no círculo social.

Alguns diziam que ela fora infiel ao marido, outros, que fizera um aborto… Mas eram apenas rumores; ninguém jamais confirmara nada.

Ninguém esperava que hoje aparecesse uma forma de descobrir se os boatos eram verdadeiros!

Agora, todos aguardavam para ver se, após as palavras de Célia, Úrsula Mendes teria coragem de tentar abrir a caixa.

Antes, os escândalos de família ficavam entre quatro paredes.

Mas, se a mão de Úrsula Mendes realmente fosse queimada, isso confirmaria os rumores e mancharia tanto a família Gomes quanto a família Solano.

Célia pressionou ainda mais:

— Srta. Solano, ouvi dizer que você joga xadrez como ninguém. Mas, se a palma da sua mão for queimada pela Vida, talvez nunca mais consiga jogar uma partida. Tem certeza de que quer tentar?