O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 538

— Buáááá.

Israel Ayala ficou apenas olhando para Estevão Arrieta.

— O que você está fazendo aqui?

— Minha mãe disse que o senhor está se escondendo no andar de cima namorando, ainda falou que está dizendo palavras doces... Vim ver se era verdade!

Israel Ayala ficou surpreso, olhando instintivamente para o próprio quarto.

Será que a irmã dele instalou câmeras no quarto dele?!

O distraído Estevão Arrieta nem percebeu o leve nervosismo que passou pelo rosto de Israel Ayala e caiu na risada:

— Tio, o senhor não acha minha mãe engraçada? Uma pessoa como o senhor jamais ficaria trancada no quarto sussurrando palavras de amor! Isso não combina nada com o seu perfil!

Israel Ayala lançou um olhar para Estevão Arrieta, a voz baixa:

— Não imaginei que você me conhecesse tão bem assim.

— Claro! Eu sou o seu sobrinho mais, mais, mais, mais, mais querido! — Estevão Arrieta se apoiou no batente da porta e se levantou do chão.

Ploc.

Com o movimento, um bonequinho vermelho caiu do bolso dele.

Estevão Arrieta pegou o boneco do chão e mostrou para Israel Ayala, todo orgulhoso:

— Tio, olha só o que é isso!

Israel Ayala olhou para baixo.

Viu que Estevão Arrieta segurava um boneco de tigre pequenininho.

Bem fofo.

Peludinho.

Mas nada a ver com homem feito.

Israel Ayala fez uma careta de desdém:

— Um homem adulto desse tamanho gostando dessas coisas infantis?

— Isso não é coisa de criança! É um amuleto que a minha musa me deu pessoalmente, pra me trazer sorte e proteção, tem um significado enorme — disse Estevão Arrieta, apertando os olhos. — Tio, o senhor tá com inveja de mim, né?

Israel Ayala respondeu com desprezo:

— Uma coisa tão infantil, mesmo que alguém me desse, eu não aceitaria.

Ele nunca iria gostar de algo assim.

Estevão Arrieta olhou para Israel Ayala:

Estevão Arrieta relaxou, voltando a sorrir:

— Ufa, ainda bem. Só não pode ser Docici. Tio, qual é meu apelido, então?

— Orelhudo.

Orelhudo??

Estevão Arrieta ficou paralisado por um segundo, depois balançou a mão, negando:

— Impossível! Não pode ser! Minha mãe nunca daria um apelido desses pra mim!

O que esse tal de Orelhudo tem de diferente de Bobalhão, Cabeça de Bagre ou coisa do tipo?

Com todo aquele jeito elegante da dona Ayala, como ela deixaria o filho ser chamado assim? Não tem cabimento!

De jeito nenhum!

Israel Ayala continuava sereno, impassível:

— Vai lá embaixo perguntar pra ela pra ver.

Na mesma hora, Estevão Arrieta disparou escada abaixo:

— Mããããe~~