O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 553

Ao ouvir as palavras do médico, Smith ficou paralisado, demorando um bom tempo para processar a informação.

O quê?

Curada?

Meu Deus!

Como isso era possível?

A Sra. Louis também se levantou da cadeira, olhando para o médico que acabara de falar.

— O que você disse? Repita, por favor!

Embora o médico também não acreditasse que um profissional do Brasil pudesse curar Célia.

Mas...

Os fatos estavam ali!

O médico encarou a Sra. Louis e continuou:

— Sim, a senhora ouviu bem. A Srta. Laine está agora completamente curada. Todos os seus índices voltaram ao normal!

Nesse momento.

Célia finalmente compreendeu as palavras do médico e, cobrindo a boca com as mãos, quase chorou de alegria.

Ela sofria de uma epilepsia gravíssima desde o nascimento.

Cada crise era uma agonia indescritível.

Ninguém sabia o quanto ela desejava ter um corpo saudável, ser como uma pessoa normal, correndo despreocupada sob o sol, sem ter que se preocupar constantemente com a próxima crise de epilepsia ou com a incontinência.

Ela fora a inúmeros hospitais, sempre partindo com esperança e voltando com desilusão.

Gradualmente.

Ela perdeu a esperança de um dia melhorar.

Como se não bastasse, antes que pudesse curar a epilepsia, o parto lhe deixou sequelas graves.

Célia chegou a sentir que sua vida estava arruinada.

Mas agora!

Ela ouvia que todos os seus índices haviam voltado ao normal!

Célia abraçou a Sra. Louis, chorando.

— Tia! A senhora ouviu? A senhora ouviu?

Ela estava curada.

Ela estava curada!

Embora Célia soubesse que estava quase recuperada, ouvir a notícia com seus próprios ouvidos a deixou em êxtase, emocionada até as lágrimas.

Talvez apenas alguém que sofreu por muito tempo com uma doença pudesse entender seu sentimento.

A Sra. Louis também estava radiante.

— Sim, eu ouvi, eu ouvi. Célia, parabéns por sua nova vida.

A Sra. Louis beijava o rosto de Célia, cheia de felicidade.

Para Célia, aquilo era de fato um renascimento.

Como sua tia, a Sra. Louis a vira crescer e sabia o quão difícil fora sua jornada.

Ela se lembrava de uma vez em que Célia teve uma crise de epilepsia e caiu em uma fonte. Se não tivessem a encontrado a tempo, ela teria se afogado!

Depois, veio a gravidez fora do casamento, um parto difícil que resultou em graves sequelas pós-parto.

Mas não importava.

Agora, tudo isso estava passando!

Tudo ia passar.

O Diretor Smith permanecia ao lado, ainda muito confuso. Ele se aproximou do médico.

— Greta, deixe-me ver o laudo.

Ele não acreditava que um médico do Brasil pudesse ter tal habilidade.

O rosto de Smith ficou pálido. Ele não queria admitir sua incompetência médica, mas agora, os fatos estavam diante dele.

Logo, Smith encontrou uma desculpa para sua inaptidão.

— Srta. Laine, ainda me custa acreditar que um médico do Brasil tenha essa capacidade. Deve haver algum problema com os equipamentos. Que tal eu mesmo refazer todos os seus exames agora? O que acha?

Isso!

Devia ser um problema nos equipamentos.

Célia riu baixinho.

— Diretor Smith, é tão difícil assim admitir sua incompetência? A Srta. Solano é simplesmente melhor que o senhor. Não importa se refizer os exames uma ou dez vezes, o resultado será o mesmo!

— Já que o senhor não se convence até ver com os próprios olhos, eu coopero e faço os exames novamente.

Célia conhecia bem o caráter de Smith.

Se ela não cooperasse para um novo exame hoje, ele nunca mudaria sua opinião sobre os médicos brasileiros.

O Sr. Smith fez uma reverência a Célia.

— Obrigado, Srta. Laine.

Célia caminhou em direção à sala de exames.

O Sr. Smith seguiu seus passos.

A Sra. Louis esperou do lado de fora.

--

Enquanto isso.

Aeroporto da Cidade A.

Vestindo um moletom preto e uma máscara, Calel Solano empurrava seu carrinho de malas, saindo do aeroporto e entrando no carro particular que o aguardava.

Dentro do carro, Calel Solano abaixou a máscara e instruiu o motorista:

— Primeiro para o hotel.