O Sobrenome Dela, o Amor Dele romance Capítulo 72

— Senhora, você é realmente incrível! Como conseguiu saber tudo isso? — Melinda olhou para Fabíola Blasco, surpresa.

Ao ver a expressão quase embasbacada de Melinda diante de Fabíola Blasco, a vaidade de Virgínia Blasco foi imediatamente alimentada.

Fabíola Blasco continuou:

— Eu e o pai da Virgi também trabalhamos com o comércio de pedras preciosas. Já chegamos a colaborar com a senhora Galvão, então conheço um pouco da família Galvão.

Na verdade, Fabíola Blasco nunca teve a oportunidade de colaborar de fato com a senhora Galvão. Ela apenas havia comprado alguns enfeites de jade na filial da família Galvão, e só conhecia a senhora Galvão porque, naquele dia, ao fazer compras, a viu de longe quando a empresária foi inspecionar a loja.

Os olhos de Melinda brilharam imediatamente.

— Senhora, você é mesmo admirável! Se conseguiu colaborar com a senhora Galvão, sua família deve ser realmente muito próspera, não é?

— Nada demais, só temos um pouco mais de dinheiro do que a maioria — respondeu Fabíola Blasco, ajeitando os cabelos, cheia de orgulho.

Olhando para a silhueta de senhora Galvão que se afastava, Melinda não conteve um comentário:

— Gostaria tanto de saber como é a senhorita Galvão! Se eu tivesse a sorte de ser amiga dela, seria maravilhoso!

Fabíola Blasco lançou um olhar a Melinda e, em pensamento, bufou: essa menina sonha alto demais para o pouco que tem!

Com esse jeito, ainda acha que pode ser amiga da senhorita Galvão?

Sem noção.

No entanto, as palavras de Melinda lhe deram uma ideia. Fabíola Blasco se inclinou e falou em voz baixa para Virgínia Blasco:

— Virgi, se você conseguir se tornar melhor amiga da senhorita Galvão, nossa família realmente vai prosperar!

A família Galvão era uma verdadeira potência, até mais influente que os Ríos.

Se Virgínia Blasco conseguisse essa amizade, seria motivo de orgulho para todos, especialmente para Matias.

Virgínia Blasco assentiu, um brilho determinado nos olhos.

— Mãe, eu não vou te decepcionar.

Enquanto a senhorita Galvão estudasse na Escola Montecarlo, ela não mediria esforços para se aproximar desse contato valioso!

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Nesse momento, uma voz surpresa ecoou no ambiente.

Úrsula Mendes virou-se de leve e viu uma garota de cabelos curtos e expressão travessa olhando fixamente para ela.

A menina tinha olhos grandes e pretos, pele iluminada e era especialmente graciosa.

Parecia... familiar.

Antes que Úrsula Mendes dissesse algo, a garota se aproximou animada e começou a se apresentar:

— Moça salvadora, você não se lembra de mim? Eu sou Dominika Galvão! Na noite do dia 15, foi você quem me salvou daqueles delinquentes! Tenho procurado você desde então e não imaginava que nos encontraríamos aqui!

Dominika Galvão nunca acreditara em destino, mas naquele momento acreditava de verdade. Caso contrário, o destino não teria colocado sua salvadora diante dela outra vez.

As lembranças de Úrsula Mendes voltaram imediatamente com as palavras de Dominika Galvão.

— Claro que me lembro — respondeu Úrsula Mendes, com um leve sorriso. — Como passou esses dias?

— Estou bem agora, mas depois que voltei da delegacia, fiquei muito doente. Só me recuperei há alguns dias. Caso contrário, já teria te encontrado antes — contou Dominika Galvão, que, acostumada com uma vida protegida, nunca tinha passado por um susto daqueles e, ao voltar para casa, teve uma febre alta que durou mais de quinze dias.