Alicia Rogers narrando
Eu entro dentro da minha nova casa, ela era enorme e muito bonita. Meu pai não tinha saído do hospital e conforme o contrato que assinei, ele foi transferido para o melhor hospital de Nova York.
- Alicia Rogers – A voz dele soa atrás de mim e eu me viro vendo-o vindo em minha direção. Eu tinha visto ele apenas uma vez na minha vida, quando eu o procurei para pedir ajuda para pagar as despesas do hospital do meu pai. Eu era filha única e meu pai era tudo que eu tinha e eu era tudo que ele tinha. – Eu espero que a viagem tenha sido tranquila e confortável para você.
Eu fico paralisada e assustada na sua frente, era nítido que eu não estou confortável com toda aquela situação. E eu não conseguia aceitar que esse homem na minha frente, era o meu marido e seria durante oito anos. Eu percebo que o meu silêncio está deixando tudo ainda mais desconfortável, eu tento abrir um sorriso mas ele não sai, aquele homem de terno , arrumando a sua gravata sem tirar os seus olhos pretos de mim, esperava uma resposta e um sorriso do meu rosto.
- A sua casa é muito bonita – é a única coisa que sai da minha boca nesse exato momento. A minha voz sai tremula e fraca, minhas mãos tremiam.
- Nossa casa, ela é sua também Alicia Rogers.
Ele me deixa ainda mais confusa com as suas palavras, por mais que tenha passado quase dois meses desde a proposta que ele fez, assinatura do contrato até chegar aqui, eu ainda estou relutante com toda essa história e eu sentia que não seria feliz nessa casa e muito menos com ele.
- Senhor Jonas, às coisas da senhora Alicia Rogers já estão arrumadas no quarto do senhor – Uma mulher baixa com os cabelos pretos que deveria ter uns 35 anos fala.
- Obrigado Margarete. – ela assente e sai.
- No quarto do senhor? A gente vai dormir juntos?
- Somos marido e mulher, e é o que todo casal faz, não?
O seu tom de voz era assustador, confesso que eu que sempre achei que eu era corajosa e conseguiria enfrentar qualquer momento da minha vida. Mas, dessa vez era diferente, eu estou aqui por um único motivo e era que meu pai ficasse bem logo.
- Claro – eu abro o sorriso mais falso do mundo.
(..)
Era de manhã cedo e eu tinha passado a minha primeira noite nesse lugar, eu queria notícias do meu pai, eu queria sair correndo, eu queria esquecer tudo isso, eu queria acordar desse pesadelo. Mas era impossível.
A primeira pessoa que eu encontro quando eu saio do quarto é ele, arrumando seu relógio e vestindo o seu terno preto.
- Espero não ter te acordado – ele fala me lembrando que dormimos no mesmo quarto.
- Bom dia, não me acordou não – eu respiro – Eu gostaria de saber notícias do meu pai.
- Claro, o motorista pode te levar até lá depois – ele fala.
Eu o acompanho até a mesa do café da manhã que tinha diversas coisas e era enorme.
- Essa noite vamos ter um compromisso e gostaria que você me acompanhasse, assim te apresento a minha mãe e minha tia, elas estão loucas para te conhecer – ele fala.
- Claro, será agradável – eu falo.
- Alguém irá trazer a sua roupa aqui, o que você irá vestir – eu o encaro – acredito que terá que fazer algumas compras e mudar o seu estilo – ele se levanta – se arrumar de acordo com uma mulher minha.
- O que você quer dizer com isso? – eu o encaro intrigada e ele abre um sorriso de canto.
- Que mulher não gosta de compras no shopping? – ele questiona – bem-vinda a sua nova vida Alicia Rogers.
Eu o encaro tentando entender o que era essa minha nova vida, ser esposa e submissa a um homem arrogante que nem ele?
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