O SÓCIO DO MEU MARIDO romance Capítulo 24

Alicia Rogers narrando

Eu entro dentro do meu closet e tranco ele, eu me sento no chão e entro em desespero, eu jamais tinha ficado dessa forma, algo tão ruim entra em meu coração que me deixa sem direção e até sem ar. 

- Alicia – a voz de Jonas soava no lado de fora. – Abre a porta, vamos conversar. – ele batia na porta na tentativa que eu abrisse.

Eu me encolho em um canto no closet e choro em silêncio para que ele não escutasse o meu choro, eu começo a perceber que todo esse casamento , assinatura do contrato tinha sido o meu maior erro, porque eu estava fazendo tudo ao contrário do que o meu pai queria por mim e talvez por isso ele ainda não tinha descansado, estava lá deitado sobre uma cama vegetando e isso tudo poderia ser por minha culpa. Meu pai sempre me ensinou que eu deveria ser uma mulher livre, que não deveria me apegar a homens e que deveria ser responsável por mim mesmo, ele queria que eu fosse feliz e realizasse os meus sonhos.

Aqui estou eu, em um casamento de contrato que dura oito anos e que é um casamento totalmente falido, durante todos esses anos por carência eu me apaixonei pelo Jonas e todos os dias eu tinha esperança que ele acordaria e mudaria comigo, que ele seria um marido de verdade, que me trataria bem e que fosse me dar carinho e que a gente seria um casal de verdade, mas a verdade é que ele sempre me tratou com indiferença, ele nunca se importou realmente comigo, a única coisa que ele queria era que eu cumprisse o que estava no contrato, clausula por clausula e nada mais. Como já tinha pensado, esse casamento era favorável para ele, ele tinha uma mulher para chamar de sua, a esposa perfeita, uma filha e para finalizar uma família que parecia feliz e conseguia ficar com quem ele quisesse e quando ele quisesse que não teria ninguém para cobrar isso dele.

Eu percebi que essa viajem era apenas para atingir os interesse dele, era claro que ele não queria que eu finalizasse esse contrato e fosse embora, porque não seria nada bom para ele.

- Alicia, abre por favor – ele chama mais uma vez.

- Vai embora e me deixa sozinha – eu falo para ele. – vai embora.

E ainda depois de todos esses problemas, eu ainda tinha a minha sogra que era uma mulher impossível de lidar, ela era grossa e me tratava com total indiferença, ela me odiava e sabia do contrato, o que fazia ela me tratar ainda mais mal.

Ao contrário do que era comigo, Jonas e ela morria por Maria Alice, ela era tudo para eles e o que ela disse tinha razão, se eu brigasse pela guarda da minha filha antes do contrato finalizar, talvez eu não ganharia e ficaria longe dela por muito tempo. Pensando nisso, eu limpo as lagrimas que descia pelo meu rosto o tempo todo, eu assinei esse contrato pela saúde do meu pai, por que eu queria ele vivo , queria achar uma forma dele ter uma chance de sobreviver e acordar desse coma que era profundo e agora eu só aguento tudo isso firme e forte por causa da minha filha e era por ela que eu iria sair desse quarto.

- Alicia – Jonas fala quando eu abro a porta.

- Eu vou dormir com a Maria Alice, preciso ficar com ela – eu falo.

- Minha mãe está com ela – ele fala.

- A mãe da Maria Alice sou eu e eu vou dormir com ela – ele me olha – a sua mãe é apenas vó dela e não tem direito nenhum de decidir sobre a vida da minha filha,você entendeu?

- Antes a gente precisa conversar – ele fala 

- Você não precisa me dar satisfação de nada, eu só quero ter paz e que ninguém me chame de corna e de muitas outras coisas no meu curso na segunda feira – ele me olha – é só o que eu te peço, eu sei que assinei um contrato e você não pode negar que eu o sigo a oito anos, eu só estou te pedindo uma coisa, respeito Jonas.

- Essa criança pode não ser minha, eu fiz um teste de dna e estou esperando sair o exame, você não me deixou nem eu te explicar nada – ele fala.

- Me deixa Jonas, eu não quero ouvir mais nada – as lagrimas começam a descer – por favor pede para a sua mãe sair do quarto da Maria Alice.

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