Capítulo 33
Alicia Rogers narrando
Eu estou sem saber o que fazer diante a essa situação toda, Jonas se manteve em silêncio o jantar todo e o clima tenso e intenso tinha se exalado na mesa de jantar e era claro que todos os convidados perceberam que tinha algo de errado, sua mãe tentava puxar assunto com todos e movimentar aquele aniversário que depois da entrega do quadro parecia ser mais um velório.
Todo mundo perguntando Cadê Mateus o seu novo sócio e falando como os negócios liderado por ele estava indo tão bem nas empresas, já que aqui tinha alguns outros sócios e clientes muito importantes. Jonas não poderia demonstrar que tinha algo acontecendo entre ele e Mateus, quer dizer entre nós três, então vejo que ele suspira e conforme vem as perguntas, ele vai dando desculpas pelo sumiço repentino de Mateus, enquanto Alana na outra ponta da mesa comia em silêncio com um sorriso de satisfeita em seu rosto e Jonas a encarava com um olhar de raiva e sei que era porque ela tinha estragado a sua noite. Era claro que Jonas não vai deixar barato e eu já me preparava para discussão sem fim, ele também iria atrás de Mateus e as coisas iriam ficar feio, ele não admitiria essa traição toda. Eu o encaro e ele me encara, e o clima era horrível, eu queria tanto saber o que passa na cabeça dele e o que ele pensava nesse momento.
Eu tomo uma, duas taças de champanhe, estava bebendo como nunca. Eu sei que não sou errada nessa história, a nossa relação nunca foi de marido e mulher e Jonas sempre me traiu, porque agora eu teria que me sentir culpada e a vagabunda? Ele me traiu muito mais vezes, durante oito anos e eu sei tudo que eu sofri esperando sempre que ele chegasse de noites de farras com diversas mulheres.
A noite vai passando e parecia ser uma eternidade, eu me afasto de todos para responder as mensagens de Mateus e ele implorava que eu saísse daquela casa antes da festa acabar porque temia pelo que Jonas poderia fazer, mas eu o respondi dizendo que não poderia sair e deixar Maria Alice para trás.
- Está falando com ele – Alana fala atrás de mim e eu me viro para ela. – Mande um beijo para Mateus.
- Como você pegou o quadro? – eu questiono.
- Eu cheguei em Nova York e fui visitar a galeria do meu ex-marido, conversar com ele e saber como ele estava – ela fala – mas me dei cara com a galeria vazia e um dos quadros cobertos era o seu, na hora eu imaginei que a mulher que ele disse que tinha roubado seu coração, era a mulher do seu sócio.
- Você não deveria ter feito isso – eu falo.
- Destruir seu casamento perfeito? – ela fala sorrindo - eu não me importo de ter feito isso.
- Você não destruiu nada – eu a encaro tentando me manter calma e ser superior a ela – você ajudou a me livrar do meu casamento falido para enfim, viver o meu romance com Mateus – ela me encara – Obrigada Alana – eu sorrio andando de volta para sala.
Jonas não ficou perto de mim nem sequer um segundo durante o resto do jantar, ele fez com que o bolo fosse cortado antes da hora programada e eu sentia o seu olhar de ódio toda vez que me olhava, sua mãe está em volta dele o tempo todo e eu estou ao lado dos garçons bebendo e bebendo.
Jonas acaba com o jantar e não era nem meia noite, jamais um jantar organizado em nossa casa termina tão cedo.
- Eu irei ficar – A sua mãe diz.
- A senhora vai embora – ele fala pegando no braço dela e levando ela para fora.
Os dois conversam algo que eu não consigo identificar o que era , ao invés de pegar a taça de champanhe, eu pego a garrafa e tomo direto dela.
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