Alicia Rogers narrando
Eu estou algemada, com dois policiais me segurando com Jonas na minha frente segurando Maria Alice esperando uma resposta.
- Pai, manda eles largarem a minha mãe – ela fala nervosa e deixando as lagrimas descerem.
- Jonas, isso tudo está fazendo mal para ela – eu falo.
- Betina – ele chama uma das babás de Maria Alice que ele deve ter trazido junto – leve ela para o carro, está tudo bem meu amor – ele diz para ela.
- Minha mamãe – ela fala.
- Vai com a tia Betina – eu sorrio para ela sem saber se essa seria a última vez que eu iria ver a minha filha – logo a mamãe vai está com você, confia na mamãe – ela assente.
Ela vai resmungando para o colo de Betina e elas vão em direção ao elevador.
- Senhor Jonas, podemos levar ela? – o policial pergunta.
- Eu gostaria de falar com ela antes de qualquer coisa – Jonas fala – podem esperar lá fora.
- Sim senhor – os policiais falam saindo.
Eles me deixaram algemada, Jonas fecha a porta com força e as lagrimas invade o meu rosto, eu só sentia medo dele, medo e nada mais. Ele para na minha frente e me encara, ele parecia buscar as palavras certas para aquele momento.
- Alicia, você está gravida? – ele pergunta.
- Quase seis meses – eu falo e ele me encara – eu descobri no dia que eu passei mal.
- Porque eu não sei disso? – ele pergunta – por que Fernando não me disse nada?
- Eu pedi, eu menti dizendo que faria uma surpresa e escondi a gravidez – eu falo.
- Porque? – ele pergunta.
- Porque eu não tenho direito a essa criança também Jonas, está no contrato que eu serei apenas a barriga de aluguel desse bebê também – ele me olha e eu falo chorando – você tem noção de como eu me sinto tendo esse contrato? De como eu me senti quando eu soube da gravidez?
- Não me interessa – ele fala – você assinou a porcaria do contrato e tinha ele com você durante esses oito anos.
- Eu não li ele e você sabe disso, eu não tinha noção do que eu estava assinando e o seu advogado não me disse nada – eu falo.
- Eu mandei ele ler todas as clausulas e te explicar tudo – ele fala.
- Ele não fez isso e eu não estou mentindo. Eu só tive consciência que eu não direito sobre a Maria Alice quando você me contou – ele me olha – eu jamais abriria mão de um filho mesmo sem pensar em ter naquele momento.
- Esse filho que você espera pode ser do Mateus – ele fala – foi isso que você falou com ele aquela noite, não foi? Por isso ligou para ele. Foi por isso que ele sumiu durante o jantar, não foi?
- Duvido que seja dele, a gente usava camisinha e Mateus rejeitou qualquer possibilidade da criança ser dele – eu falo.
- Esse foi o homem com quem você se envolveu Alicia – ele fala. – foi o homem que você escolheu como perfeito, que era muito melhor que eu. Na primeira oportunidade te rejeitou.
- Vocês dois são iguais – eu respiro fundo – não existe o melhor entre vocês dois. Mateus me iludiu e me enganou e você só me humilha e me faz sofrer, mas de qualquer forma Jonas, eu queria muito que essa criança fosse dele, porque assim eu não teria que te entregar ela – ele me olha – mas essa criança não é dele, a data da concepção é bem quando a gente viajou juntos.
- Eu espero que essa criança seja minha – ele fala – porque eu vou te largar na rua se ela não for, eu vou explanar a sua traição e te jogar no fundo do poço.
- Você já faz isso a oito anos – eu falo para ele – Eu tenho certeza que essa criança é sua e mais uma vez você me tem nas suas mãos, mais uma vez eu estou presa a você Jonas.
Eu abaixo a cabeça e deixo as lagrimas caírem.
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