O SÓCIO DO MEU MARIDO romance Capítulo 61

Capítulo 61

Alicia Rogers narrando.

Hoje era o dia em que Mateus voltaria de viajem, só que eu não sabia a hora, mas eu pesquisei e vi que os voos que vinha do Brasil para cá, sempre chega de tarde. Jonas tinha voltado a sua intensa rotina de trabalho e já começo acreditar que ele trabalha tanto assim para esquecer todos os seus problemas e o seu passado, até porque mente vazia é oficina do diabo.

Eu estou sentada esperando que a aula da Maria Alice terminasse, por mais que fizesse uma semana do escândalo, era claro que as pessoas ainda não teriam esquecido, eu só observava os olhares das outras mães para cima de mim e me mantenho em silêncio.

A aula dura de uma a duas horas mais ou menos, dependendo dos exercícios que a professora passa, até porque ela vivia programando apresentação com as crianças. Então, eu resolvo sair daquele ambiente de julgamentos e olhares maldosos e desço até a cafeteria para tomar um suco.

- Um suco de abacaxi, por favor – eu falo

- Claro, senhora Yang – a moça fala sorrindo para mim.

Todos aqui conheciam a gente, o prédio era da construtora do Jonas e era um dos prédios bem famosos aqui em Nova York, tinha sido um projeto inovador que uma de suas empresas trouxe para cá. Jonas, era dono de diversos negócios por isso era tão rico, ele não focava em apenas uma empresa e sim em várias com diversidade nos negócios.

Eu me sento na mesa da cafeteria que tinha no andar debaixo do balé e a atendente me traz um suco de abacaxi.

- A senhora está de quantos meses? – ela pergunta

- Seis – eu respondo

- Nossa, mas nem parece ainda a barriga – ela fala.

- Está tímida – eu sorrio

- Já sabe o que é? – ela pergunta sorrindo.

- Ainda não – eu falo.

- Dolores – seu chef chama ela

- Qualquer coisa só me chamar – ela diz sorrindo.

Eu não me incomodava com as pessoas conversando e perguntando sobre a minha vida, isso era normal. Todo mundo queria saber como era a vida da esposa do bilionário Jonas Yang, ainda mais depois da notícia que eu mesmo espalhei. Deus me livre eu chegar e reclamar para ele sobre isso, já que ele sabe que eu o denunciei e até achei estranho a forma que se comportou em relação a isso, em outros tempos ele me xingaria e me chatearia por belas semanas.

A identidade da garota com quem ele estava, foi preservada até porque eu não sabia e na foto não tinha como reconhecer. Eu fico imaginando se tivesse sido revelada o quanto essa mulher não estaria sofrendo também.

Eu termino o meu suco, faço o pagamento e subo novamente para o andar do balé de Maria Alice, novamente as mulheres que sempre conversa comigo, agora só me olhavam torto, será que para elas era crime aceitar a traição dos maridos?

Elas nem tem notação que são tão cornas quanto eu, até porque seus maridos também fazem parte dos Ceos milionários que sentem muito amor pelas suas esposas. Duvido que alguma delas eram felizes de verdade, a verdade é que elas eram tão infeliz quanto eu, mas ainda conseguiriam ser bem mais, porque eu não perdia meu tempo falando e julgando os outros.

- Alicia Yang – eu olho para trás para ver quem está me chamando e vejo que era a mulher que Jonas levou para minha casa.

- Você – eu falo a encarando – o que quer comigo?

- Te pedi desculpa por ter ido até a sua casa – ela fala.

- Você veio até aqui para isso? – eu pergunto.

- A minha filha ela faz balé junto com a sua – ela fala – eu imaginei que te encontraria aqui.

- Você é mãe de uma colega da Maria Alice? Jonas consegue ser tão baixo assim – eu falo

- A minha filha ela é autista de um grau bem sério, eu preciso de dinheiro para o tratamento dela , eu sou mexicana e ilegal aqui – ela fala – eu sou uma prostituta e Jonas acabou aparecendo na minha vida como cliente, eu só faço isso para pagar o tratamento dela e sustentar a minha filha. Eu te peço perdão por ter entrado na sua família e ter ferido ela.

- Eu não irei discutir com você aqui e se for verdade o que me diz, eu não te julgarei por nada – eu falo para ela.

- Eu sinto muito mesmo, eu não queria ter feito você sofrer e nem ter exposto a senhora da forma que foi, sei que tenho uma parcela de culpa por ter me envolvido com ele – ela fala – ele não me levou para sua casa, eu fui atrás dele para pedir ajuda, porque eu precisava comprar o remédio da minha filha e não tinha o dinheiro todo.

- E você conseguiu comprar o remédio dela? – eu pergunto.

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