O tio do marido vem me seduzindo romance Capítulo 17

Inclinando ligeiramente a cabeça, Gabriela sorriu de maneira flertada:

- Recompenso você por continuar mantendo uma relação secreta comigo.

- Pensei que já tínhamos chegado ao consenso sobre isso há muito tempo.

- Então, o que mais você quer?

Com a cara que se esfriou de imediato, Gabriela olhou furiosa para Glauco.

Que cara tão ganancioso!

Pressionando os lábios finos contra a orelha dela, Glauco deu uma risada suave e disse, em voz baixa:

- Guarde a recompensa, por enquanto, e eu vou pedi-la para você.

- Não pode ir longe demais...

Gabriela respondeu com dificuldade, mordendo os lábios.

Ela ainda era tão imatura, que Glauco era o único homem que ela tinha experienciado. Perante ele, ela só podia se render. Manipulada por seus sentidos, ela só podia agir de acordo com o desejo de Glauco.

Quando ela ficou sóbria, a partir das ondas violentas do tsunami, Glauco já se tinha arranjado e estava fumando ao seu lado, de uma maneira séria. Reparando nos olhares de Gabriela, ele baixou os olhos e passou a contemplar suas pernas brancas e tenras.

- Não olhe!

Movendo embaraçosa a saia, Gabriela cobriu as pernas.

Baixando a cabeça em pânico, ela arrumou depressa suas roupas bagunçadas e se levantou, com uma respiração profunda.

Suas pernas ficaram um pouco fracas e ela quase caiu.

Xingando Glauco de vilão, Gabriela apertou o rosto e se levantou, com muito esforço, fazendo de conta que não se importava com nada.

- O Tio Glauco de fato durou o suficiente. Estou muito feliz. - Ela deu uma olhada de caridade em Glauco, como se fosse uma rainha -, Da próxima vez, continue o bom trabalho.

Ficou realmente satisfeita depois de falar desse jeito, como se obtivesse uma sensação de ter se aproveitado de Glauco.

Sentiu-se bastante contente por causa disso.

Enchendo-se de orgulho e astúcia em seus olhos delicados, Gabriela não reparou nada de significativo no sorriso de Glauco.

Ela estava prestes a sair presunçosa, quando ouviu Glauco:

- Parece que meu sobrinho ainda não saiu.

- O quê?

Torcendo o pé de repente, Gabriela caiu em direção à mesa de pedra, que ficava ao seu lado.

Oh, nossa! Certamente terá uma concussão se bater nela.

Ela fechou os olhos por medo, mas ao invés da dor que tinha imaginado, ela caiu num abraço caloroso.

Até havia um cheiro familiar nele.

Felizmente, Glauco deu uma ajuda para salvá-la.

Gabriela tinha muito medo da dor.

Levantando a cabeça, olhou com raiva para o culpado.

Ia demorar uns dez minutos andar dali até o salão de banquete. Como ela iria voltar!

Sem celular, ela não podia entrar em contato com ninguém. Claro que não era possível voltar com a ajuda de Glauco.

O que os outros vão pensar quando vierem isso?

Antes que Gabriela adotasse uma contramedida, Glauco se dirigiu até ela e se curvou, pegando-a nos braços com facilidade.

- O que está fazendo? Me solte! Se formos descobertos...

- Não vai haver ninguém.

Ninguém ousava invadir o jardim da mansão de Barreto, exceto Lúcio e Gilda, que tinham acabado de desfrutar de seu amor secreto por ali.

- Assim também não dá! Não quero ficar tão perto de você.

Ela não se esqueceu do fato de que aquele cara tinha enganado Rubens. Quem sabia qual era o seu objetivo? Ela temia que ficasse envolvida nos problemas provocados por ele, no caso de ficar tão perto dele.

- Vou levar você em meus braços para o salão de banquete, se não parar de falar.

Glauco baixou a cabeça e os dois passaram a olhar um para o outro.

Percebendo que ele estava sério, Gabriela não se atreveu mais a agir e ficou calada, com uma sensação de vergonha.