O tio do marido vem me seduzindo romance Capítulo 20

- Quer saber?

Lúcio zombou, malícia em seus olhos:

- Mas por que eu deveria te dizer? A humilhação, a dor, a decepção que você me causou, eu vou te devolver cem vezes mais, Gabriela. O que é feito durante a noite aparece durante o dia! Agora isso tudo é sua punição!

- Diga-me, afinal o que fiz de errado?

Sendo odiada, traída e humilhada sem explicação... Ela só queria saber o motivo.

Até mesmo um homem condenado deveria saber pelo que foi condenado, não deveria?

Ela só queria saber a verdade.

- Eu não vou te dizer. Gabriela, eu te odeio, te odeio o suficiente para te matar. Mas eu não vou te matar, eu vou fazer você ter uma vida miserável. Você só será a Sra. Barreto pelo resto da sua vida e, infelizmente, é só um título!

Lúcio encarou Gabriela de forma sombria. Com um isqueiro ele acendeu um cigarro, tragando lentamente.

Ele admirou com prazer a aparência raivosa e pesarosa de Gabriela, sua careta triturando o que restava no coração dela.

Ela se forçou a ficar calma, teimosa e inabalável quando olhou para Lúcio.

- Não importa, não importa se eu sei ou não. Lúcio, se é isso que você quer, então que seja.

Não havia necessidade de perseguir um motivo, no momento que esse homem a sentenciou de forma inexplicável à morte, eles não poderiam voltar a ser como antes.

Não importava se foi um equívoco ou uma armação, era só uma forma de mostrar a ela a futilidade do seu relacionamento.

Encarando uma Gabriela calma, Lúcio subitamente temeu, seus dedos reprimindo um tremor quando seu cigarro caiu no chão.

Como um leão feroz, ele deu um passo à frente de forma ansiosa e agarrou a mandíbula de Gabriela com força:

- O que você quer dizer com isso?

- Eu desisti.

Gabriela encarou os olhos tempestuosos de Lúcio sem medo e seu tom era calmo.

- Desistiu? Porra, quem te deu permissão para desistir? Gabriela, você pode me implorar como costumava fazer, me implore para não ser enganado por Gilda, me implore para te dizer o porquê.

Apertou com força e se fechou.

- Merda, quem te disse para implorar assim. Cala a boca, cala a boca!

- Lúcio, eu... hmm… te imploro, me… me largue…

- Cala a boca! Cala a boca! Cala a boca!

Lúcio estava furioso como o inferno e seus braços continuaram a apertar.

A sensação de estrangulamento ficou mais forte quando o sorriso no rosto de Gabriela cresceu ainda mais.

E então a porta do quarto foi aberta pelo lado de fora.

Entrou uma figura alta com uma frieza taciturna, a raiva brilhou em seus olhos com a visão de Gabriela quase sufocando e aparência sofrida. Ele avançou, agarrou Lúcio pela gola e o puxou de forma violenta.

- O que você está fazendo?