O tio do marido vem me seduzindo romance Capítulo 28

Não havia funcionários nesta parte da casa, somente alguns diaristas que vinham limpar de vez em quando.

Gabriela foi preparar o café da manhã. Fez um sanduíche qualquer e bebeu leite. Seu carro estava estacionado na garagem do Grupo Rocha ontem. Precisaria sair e pediria um táxi.

Gabriela saiu de casa meia hora mais cedo do que de costume porque queria fugir do trânsito da manhã.

Mas seu coração parou por um segundo quando reconheceu um carro que estava estacionado na vizinhança. Era o carro de Glauco.

Gabriela tentou fingir que não tinha visto.

Bi-bi.

O som estridente da buzina quase fez Gabriela tropeçar e cair. Se virou e viu Glauco com um leve sorriso no rosto.

Idiota.

Murmurou algumas palavras, mas logo abriu a porta e se sentou no banco do carona.

- Dirija.

Este canalha, queria que as pessoas confiarem no relacionamento deles? Como ele ousou esperar logo pela vizinhança de manhã?

- Não estou satisfeito, outra vez.

Ele amava o modo como ela parecia tão irritada e impotente, satisfazia o seu mau gosto.

- Tio Glauco, se não se incomoda, poderia dirigir? - Gabriela viu o sorriso desprezível de Glauco.

- Claro.

Glauco finalmente ligou o carro, mas cinco minutos depois de saírem, o telefone dela tocou.

Era Lúcio ligando.

Ela fez uma careta pois não queria atender. Sabia como Lúcio era, ele continuaria ligando se ela não atendesse.

Distraído.

- Lúcio? Quer que eu atenda pra você?

- Não precisa.

Gabriela olhou atravessado para Glauco e atendeu.

- Gabriela, onde você está?

- Onde acha que eu estou? Indo para o trabalho, é claro.

Ele é doente? Ligando cedo assim só para gritar com ela?

- Eu vim voltar pra te pegar, mas você já saiu?

- E o que mais? Tenho que ficar esperando a sua boa vontade? Lúcio, dá pra parar de ser tão infantil? Pra quê querer ser gentil comigo agora? Eu não preciso disso, ainda por cima acho isso muito nojento. Então, faça o favor de ficar longe de mim. Não vamos interferir um na vida do outro, pode ser?

Ela realmente não conseguia entender o que Lúcio queria fazer. Não tinha como explicar, foi perverso na noite passada e agora estava assim.

Gabriela simplesmente desligou o telefone, não queria mais falar com ele.

Depois disso, se lembrou que estava no carro de Glauco e mudou sua expressão, parecia plena agora.

- Parece que vocês estão com o relacionamento desgastado.

- Cuida da sua vida.

Gabriela viu o quanto o sorriso dele era nojento ao olhar para ele.

Estava sendo sarcástico agora, mas devia estar rindo dela por dentro.

Ela sabia, melhor do que ninguém, como este homem era ruim.

- Você precisa de uma ajuda do Tio Glauco?

- Sua ajuda? - Gabriela estava surpresa -, Faz bem em não bagunçar isso ainda mais, além disso, quer mesmo ajudar? Você é tão bonzinho assim?

- Parece que você tem uma má impressão de mim.

Não era má, era terrível.

Isso era algo que Gabriela não se atreveria dizer em voz alta, apenas grunhiu e ficou olhando pela janela, calada.

Logo chegaram ao prédio do Grupo Rocha.

- Obrigada pela carona.

Gabriela abriu a porta logo que terminasse de falar, não tinha a intenção de ficar ali.

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