O tio do marido vem me seduzindo romance Capítulo 34

O pai foi enganado?

Gabriela franziu a testa, com muita preocupação. Segundo Sandro, o problema era grave.

Quando não ouviu nenhum som no escritório, Gabriela bateu à porta, porque sabia que não era possível que Sandro lhe contasse essas coisas ruins. Escondeu suas preocupações e sorriu, de propósito, esperando fazer Sandro se sentir melhor.

- Papai.

- Gabriela, já comeu?

- Não. Venho aqui para almoçar com o papai. Hoje o restaurante tem Tamboril Frito com Estufado de Legumes. Há tanto tempo que não como um desses! Estou muito ansiosa por comê-lo!

- Coma menos. Não tem medo de ter acnes?

- Herdei seus bons genes, papai, e sou naturalmente bonita, por isso não me preocupo em ter acne.

Erguendo o queixo, Gabriela disse, com orgulho.

Lisonjeado pela filha, Sandro ficou mais alegre.

- Vamos. Não posso deixar minha filha sofrer de fome.

- Rápido. Estou com tanta fome que consigo comer uma vaca inteira.

- Que exagero!

- É verdade.

Gabriela franziu a testa, de propósito, fingindo estar com muita fome. Sandro se divertiu com ela e foi ao restaurante com a filha, que o levava no braço.

Vendo que a atenção de Sandro tinha sido desviada, Gabriela suspirou de alívio.

Ela lamentou que não se tivesse formado em administração de empresas, caso contrário, ela teria ajudado seu pai.

Esperava que a crise acabasse o mais cedo possível.

Gabriela rezou em silêncio, com medo de que Sandro a notasse, e passou a almoçar com Sandro, atenta, procurando não mostrar suas preocupações.

Nos dias seguintes, Gabriela ficou perguntando ao secretário de Sandro sobre a situação da empresa e também manteve um olho na atmosfera da empresa. Ela realmente descobriu algo, que a fez ainda mais preocupada.

O que devia fazer? Era verdadeiro o problema ser sério, o que ela poderia fazer?

- Gerente Gabriela? O que se passou com você?

- O que aconteceu? - Gabriela perguntou, depois de voltar à razão.

- Eu já arranjei toda a informação sobre os locais de atividade que você tinga pedido há alguns dias. Marquei especificamente os locais adequados para o desfile de moda, para que você possa dar uma olhada neles primeiro.

- Deixe aqui.

- Está bem. - A assistente deixou o arquivo e saiu.

Gabriela o abriu, mas não conseguiu ler nada. Perante a enorme crise do Grupo Rocha, ela não queria de jeito nenhum realizar o desfile de moda.

Fechando o arquivo, aborrecida, Gabriela hesitou em ir até Sandro para se inteirar com clareza do que tinha acontecido ou não.

De repente, o celular que estava em cima da mesa vibrou.

Era uma mensagem no WhatsApp.

Gabriela deu uma olhada nela, foi enviada por Glauco.

- Sente minha falta?

Estando muito chateada, Gabriela colocou Glauco na lista negra, logo depois de ver a mensagem.

Um segundo depois, Gabriela recebeu a chamada de Glauco.

Ela a desligou sem pensar, ficando mais chateada.

O celular vibrou de novo, era uma mensagem curta.

- Atenda.

A palavra "atenda", dominadora e simples, estava particularmente de acordo com o caráter de Glauco. Se fosse em tempos normais, Gabriela não ia ceder certamente, mas desta vez, ela estava bastante aborrecida.

Por fim, ela desligou o celular.

Gabriela ficou distraída a manhã toda. Em sua mesa, havia uma pilha de desenhos, a qual ela não tinha vontade de prestar atenção.

Além disso, não foi almoçar.

Seu estado de confusão durou até a tarde. Estando ciente de que não podia continuar assim, ela deu um tapa no rosto, para ficar sóbria. Logo depois disso, alguém bateu à porta.

Seu anseio aumentando.

Seu sangue começou a ferver, cada célula estava gritando loucamente, devido ao anseio por ela.

No entanto, Glauco conseguiu manter o anseio sob controle.

- Boa garotinha, me diga por que não atendeu minha chamada?

Gabriela soltou um som de gemido. Tendo perdido o juízo todo, ela entrou num estado de desorientação completa. Instintivamente, ela respondeu:

- Estou chateada, infeliz, não quero atender.

- Por quê? Me diga, meu amor. O que aconteceu?

- Meu Pai... - disse Gabriela. Franzindo as sobrancelhas de repente, ela deu um empurrão em Glauco, com impaciência -, Não servirá para nada, mesmo que conte para você.

Com o rosto confuso, Glauco a puxou para cima e se sentou na cadeira, para Gabriela ficar sentada em seu colo. Colocando os braços ao redor da cintura dela, continuou a persuadindo, em voz baixa.

- Como você sabe que não servirá para nada?

- Eu sei sim.

Gabriela era tão teimosa, que insistiu em não dizer isso. Ela era uma pessoa orgulhosa, por isso, enfrentando a crise do Grupo Rocha, o que ela podia fazer foi tentar resolvê-la sozinha, sem pensar em pedir ajuda aos outros.

Além disso, não podia pedir ajuda a Glauco, o homem que não tinha um relacionamento esclarecido com ela.

Tendo o juízo regressado à cabeça, Gabriela lutou para se levantar.

- Me abandonou, depois de me usar? Então, sou um preservativo, meu amor?

O rosto de Gabriela ficou vermelho de repente. Este cara queria saber nem um pouco da maneira como falava!

- Me deixe, Tio Glauco, tenho que trabalhar.

O Grupo Rocha não tinha negócios com a empresa de Glauco. Não havia razão para que Glauco viesse ao Grupo Rocha, muito menos para que ele fosse direto ao escritório da esposa de seu sobrinho, logo que chegasse.

Ele não estava nada preocupado, mas ela tinha medo de ser motivo de fofoca.

- Não quer mesmo me contar?

- O que eu te contaria? - Gabriela piscou os olhos, fingindo não entender -, Nada aconteceu. O que quer que eu conte para você?