O Vício de Amor romance Capítulo 145

Resumo de Capítulo 145 Seus Segredos: O Vício de Amor

Resumo de Capítulo 145 Seus Segredos – Uma virada em O Vício de Amor de Débora Rodrigues

Capítulo 145 Seus Segredos mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Vício de Amor, escrito por Débora Rodrigues. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

- O quê?

Annie ficou furiosa.

- Não me diga que você não sabe disso!

Natália de fato não sabia, até que viu as pessoas na área de exposição.

Marcelo e Vanderlei.

- Quem desenhou isso? - Marcelo perguntou a Renata, ao parar em frente a um vestido longo, fingindo não ver a etiqueta que estava logo abaixo.

- Eu mesma.

Se não soubesse que aquele homem era rico e não podia ser ofendido, ela lhe diria poucas e boas. Um homem olhando roupas femininas aqui e, o que era ainda mais perturbador, fazendo perguntas o tempo todo!

- Oh! - Marcelo exclamou puxando a longa calda, o que lhe causou um certo desconforto.

Renata procurou ser paciente.

- O senhor tem alguma outra pergunta? Caso contrário, vou deixá-lo à vontade para olhar sozinho, pois estou muito ocupada.

Tenho sim. - Marcelo tocou as delicadas alças do vestido. - Qual foi sua inspiração para este design? Por que as alças são tão finas; para serem facilmente removidas ou para exibir a pele?

As faces de Renata ficaram ruborizadas e ela lhe lançou um olhar mortal.

- O senhor está aqui para criar problemas e destruir a loja, não é mesmo?

- Não, não! Eu só estava curioso. - Sorriu Marcelo. - Destruir? Estou apreciando!

Esta loja é da Natália.

Quem é Natália?

Sabendo o quanto Marcelo gostava de Natália, ele não seria louco de ofendê-la.

- Que tal se você o comprar e eu lhe disser de onde tirei minha inspiração?

- Para quem eu iria comprá-lo se não tenho uma namorada? - Marcelo fez uma careta.

Renata sorriu com doçura, mostrando duas covinhas ao lado da boca.

- Pode usá-lo você mesmo, se está tão interessado.

Marcelo sem palavras.

Vandelei, que estava ao seu lado, não segurou o riso.

- Tá bom, deixa ele mesmo usar! Esse bastardo tem essa mania, sabe? - Vanderlei aproveitou a oportunidade para provocá-lo.

Marcelo lançou-lhe um olhar feroz.

- Se não quiser morrer, melhor você se calar.

- Eu iria... O que está olhando?

Vanderlei notou que o rosto de Marcelo mudou por um momento.

Seguiu seu olhar e viu Sonia cruzando a porta.

Sendo grandes amigos do Jorge, conheciam a Sra. Sonia, sua madrasta.

Tinha sido por causa dela que Jorge havia saído cedo de casa, para morar sozinho.

Também era por causa dela que a relação de Jorge e Ângelo era tensa.

Como era de se esperar, não tinham qualquer sentimento positivo em relação a ela.

É só sobre sua relação com o Jorge.

Apesar de ser uma amante, Sonia não usava vestidos chamativos e sua personalidade era afável, calma e desapegada.

- O que ela está fazendo aqui? - Marcelo franziu os olhos.

Vanderlei não disse nada, mas no fundo não se sentia bem com a sua presença.

Sonia não parecia bem de saúde. Seu rosto estava abatido e ela usava uma discreta maquiagem.

Renata aproximou-se para saudar a visitante.

- Olá!

- Estou procurando por…

Nesse momento Natália aproximou-se. Da última vez que tinham se encontrado, havia lhe dado um convite para a inauguração da loja, mas não esperava que fosse aparecer tão cedo.

- Você veio! - Natália cumprimentou-a com um sorriso.

- Claro! - Ela não iria ficar muito tempo e veio cedo de propósito, temendo se encontrar com Jorge. Ele poderia ficar chateado em saber que ela estava lá.

- Posso falar com você em particular?

Ainda havia tempo e Natália respondeu:

- Ok, venha comigo.

Natália seguiu à frente para mostrar o caminho.

Sonia caminhou deliberadamente devagar, observando a silhueta de Natália, delgada e delicada em seu vestido rosa.

Tinha uma aparência jovial e nada indicava que havia tido um bebê.

Pensou consigo mesma que seu filho era excelente e que esta nora não era má também.

Especialmente depois de saber que havia dado gêmeos ao seu filho.

Embora o resultado do exame ainda não tivesse saído, ela sabia que as crianças eram filhas de Jorge.

Natália abriu a porta da sala de reuniões e virou-se para Sonia.

- Aqui está mais calmo.

- Ok. - Sonia entrou e se sentou no sofá.

Natália lhe ofereceu um copo d’água e sentou-se no sofá à sua frente.

Sonia ficou olhando para Natália e pensando no quanto ela era bonita.

Percebendo que Sonia estava um pouco constrangida, Natália adiantou-se.

- Como tem passado? Percebo que não parece muito bem.

Sonia disfarçou e, encarando-a, disse:

- Estou um pouco resfriada.

Sonia pegou a pulseira e colocou na mão de Natália. Segurou a mão que Natália tentou puxar e, olhando nos olhos, murmurou:

- Não me rejeite!

Seu tom era contido, como se precisasse segurar as palavras.

Natália gelou por um momento.

- Mas...

- Eu gosto muito de você. Sonia apertou mais sua mão. - Em outra ocasião, gostaria de lhe contar uma história.

Natália viu tristeza em seu olhar e parou de resistir. Sonia colocou a pulseira em sua mão e disse:

- Minha sogra me deu esta pulseira de presente e agora eu dou ela a você.

A sogra dela?

Não seria a avó de Jorge?

Mas, ela não é uma amante?

Natália estava confusa.

- Você deve estar muito ocupada hoje. É melhor eu ir. - Dizendo isso, ela ficou em pé e Natália imitou-a. - Eu lhe acompanho.

- Ótimo! - Sonia se alegrou.

Natália, contudo, se sentia um pouco inquieta, pois não se julgava merecedora.

Iria devolvê-la em uma próxima oportunidade.

O carro de Sonia estava no acostamento e Natália abriu a porta para ela entrar. Sonia sentou-se, abriu a janela e disse sorrindo:

- Você está linda hoje.

- Obrigada! - Respondeu Natália de uma forma um pouco forçada.

Sonia disse-lhe para voltar para a loja, fechou a janela e ordenou ao motorista:

- Vamos.

Natália permaneceu na calçada, com os olhos franzidos, observando o carro se afastar. Ela não era muito próxima de Sonia; haviam se encontrado apenas algumas vezes.

Mas, podia perceber que ela não era má pessoa.

Havia algo oculto em seu olhar, mas ela não saberia dizer o que seria.

Aquela tristeza…

Natália não saberia como descrever em palavras.

Ela achava que Sonia tinha alguns segredos.

Estava tão absorta em pensamentos que nem percebeu um carro preto parar no acostamento, próximo a ela.

O homem vestia um elegante terno sob medida, no qual não se via um amassado.

O sol estava forte, mas já não estava tão quente a ponto de queimar. A temperatura estava agradável.

Seu olhar recaiu sobre o corpo delicado, envolto em um círculo de luz.

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